Em Portugal, a hepatite C crónica é já uma das principais causas de cirrose e de carcinoma hepatocelular estimando-se que existam 150 mil infectados embora a grande maioria não esteja diagnosticada. De acordo com um estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Portugal é um dos países europeus a apresentar as mais elevadas taxas de contaminação deste vírus, que atinge 60 a 80 por cento dos toxicodependentes.
A avaliação do estado nutricional é particularmente difícil na cirrose hepática (CH). O ângulo de fase (AF), calculado a partir da resistência e da reactância medidas por bioimpedância, foi proposto como um marcador do estado nutricional e indicador de pior prognóstico na CH, sobretudo pela sua independência do grau de hidratação/sobrecarga de volume, ao contrário dos métodos de avaliação nutricional mais tradicionais.
O advento dos antivirais de acçãodirecta (AADs) veio revolucionar o tratamento do vírus da hepatite C (VHC), permitindo elevadas taxas de cura com efeitos adversos ligeiros e raros. Não estão bem caracterizadas as causas não virológicas de falência terapêutica. Com este estudo pretendemos avaliar o impacto do carcinoma hepatocelular (CHC) na eficácia do tratamento da hepatite C com AADs em doentes cirróticos.
O genótipo 3 do vírus da hepatite C (VHC) associa-se a uma progressão mais rápida da doença com maior risco de cirrose, hepatocarcinoma e morte. Avaliamos a resposta ao tratamento de doentes com este genótipo com antivíricos de ação direta (AAD) não infetados pelo VIH.
A mortalidade e complicações pós-operatórias dos doentes com cirrose hepática é elevada, sendo a seleção dos melhores candidatos cirúrgicos ainda desafiante. O nosso objectivo foi rever a evolução clínica de doentes cirróticos operados e identificar factores de risco de mortalidade pósoperatória.
O uso de métodos não invasivos como o FIB-4 e o APRI para identificar ou excluir fibrose avançada faz parte da abordagem dos doentes com fígado gordo não alcoólico (FGNA). A maioria dos estudos de validação destes métodos não inclui doentes com idades mais avançadas, sendo a biópsia hepática neste grupo muitas vezes evitada pelos seus riscos. O objetivo deste estudo é avaliar a acuidade do FIB-4 e do APRI para prever a fibrose em doentes com idade igual ou superior a 60 anos com FGNA comparativamente a doentes com menos de 60 anos.
A desnutrição protéico-calórica e a sarcopenia são condições frequentes na cirrose hepática (CH) e estão associadas a um prognóstico desfavorável e à diminuição da sobrevida. No entanto, continua por esclarecer se o estado nutricional deficiente prevê a mortalidade na CH.
A presença de AMA em doentes com elevação da fosfatase alcalina (FA) permite o diagnóstico de Colangite Biliar Primária (CBP).1 Sem colestase é insuficiente para diagnóstico. A Associação Europeia Estudo Fígado (EASL) recomenda follow-up anual destes doentes para a detecção de doença hepática, com nível de evidência reduzido.
A imunoterapia parece surgir como uma estratégia promissora no tratamento sistémico para o carcinoma hepatocelular (CHC), permitindo oferecer aos doentes novas opções após intolerância ou ineficácia ao tratamento sistémico de primeira linha.
IA elastografia hepática transitória (EHT) é amplamente utilizada no estadiamento e monitorização da fibrose em doentes com esteatohepatite não alcoólica (NASH). De acordo com as recomendações europeias, a avaliação de EHT deverá ser complementada por marcadores não invasivos como forma de aumentar a acuidade.