É uma técnica endoscópica a considerar no encerramento de deiscências anastomóticas colo-rectais que consiste na colocação de uma Endo-Sponge® assistida por sistema de vácuo, na loca pós-deiscência
Ressecção endoscópica transmural (EFTR) com kit de Full-thickness device (FTRD) (Ovesco Endoscopy®) é uma técnica que permite ressecção transmural, com colocação prévia de Over-theScope-Clip (OTSC), garantindo a integridade da parede digestiva. Utilizada em recidivas de mucosectomias, “non lifting lesions” ou lesões colorectais com localização difícil e lesões submucosas
A Biopsia Hepática Trans-jugular é um método de obtenção de material histológico para o diagnóstico de doença hepática (quando a biopsia hepática percutânea está contra-indicada). Associada a esta técnica efetua-se a avaliação da hemodinâmica no contexto do estudo da hipertensão portal associada a fatores estruturais e funcionais que condicionam um aumento da resistência vascular intra-hepática e do fluxo portal. A medição do gradiente de pressão venosa hepática entre a veia porta e a veia supra hepática é critério importante como marcador na cirrose hepática. É um procedimento invasivo que contempla a cateterização de uma veia central, medições de pressões invasivas, cuidado ao doente e gestão da sua ansiedade e colaboração com técnica médica de forma ativa e dinâmica. Este trabalho contempla dois anos da nossa vivência (2016 a 2018) nos quais o nosso centro foi sistematizando práticas baseadas na evidência clínica para reforçar a qualidade na assistência do doente.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é uma técnica que utiliza simultaneamente a endoscopia digestiva e a imagem fluoroscópica para diagnosticar e tratar doenças associadas ao sistema biliopancreático. A CPRE está indicada em situação de coledocolitiase, colangite, pancreatite crónica com estenoses sintomáticas, estenoses benignas e malignas do ducto biliar, diagnóstico de neoplasias malignas do pâncreas, entre outros.
A ingestão de corpos estranhos e o impacto alimentar, constituem uma das urgências mais frequentes em endoscopia digestiva. A evolução tecnológica nesta área tem contribuído para uma elevada taxa de sucesso e segurança na sua resolução. Face aos desafios desta evolução, cabe ao enfermeiro a atualização permanente de conhecimentos técnicos e científicos e gestão do risco inerente ao cuidar do doente em situação urgente.
O esófago de Barret (EB) é uma complicação da Doença de refluxo gastro esofágico e constitui o principal factor de risco para o desenvolvimento de adenocarcinoma do esófago através da sequência metaplasia→displasia→adenocarcinoma. As indicações aceites para terapêutica endoscópica no EB são: displasia de baixo e alto grau (confirmadas por 2 patologistas) e adenocarcinoma superficial. A erradicação do EB com terapêuticas ablativas está preconizada após ressecção endoscópica de lesões displásicas, adenocarcinoma ou displasia em mucosa plana. A RFA apresenta superioridade face a outras estratégias.
Entre as medidas de segurança adotadas numa unidade de endoscopia digestiva, a higienização das mãos é uma das boas práticas, simples e que garante ao utente e profissional de saúde, a prevenção de infeções associadas aos cuidados de saúde. A sensibilização é um fator crucial na mudança de comportamentos dos profissionais, ou na manutenção de boas práticas em contexto da higienização das mãos.