A invaginação do intestino delgado em adultos é rara e geralmente está associada à presença de neoplasias. Os tumores do estroma gastrointestinais (GIST) são pouco comuns, correspondendo a 4-17% dos tumores do intestino delgado. A associação do GIST com invaginação é muito rara.
A intussucepção intestinal é um evento raro na idade adulta. O seu diagnóstico é, frequentemente, intra-operatório. A maioria associa-se a lesão orgânica, frequentemente maligna. Contudo, 8 a 20% das intussucepções são idiopáticas, sendo o seu mecanismo fisiopatológico desconhecido.
O diagnóstico de DW baseia-se em scores de diagnóstico. No caso do doente não ter um teste genético positivo, não existe nenhum outro teste suficientemente específico. A histologia hepática não é patognomónica, a ausência de cobre hepático e um teste genético negativo não excluem DW. Ilustramos o desafio diagnóstico inerente ao amplo espectro de manifestações da DW. É fundamental um elevado índice de suspeição para um diagnóstico e terapêutica precoces."
Em 2015 verificou-se novo aumento do número de dejeções, com presença de sangue. Iniciou metronidazol (3 semanas) com boa resposta. Dois dias após a suspensão do antibiótico retomou os sintomas. Novo agravamento da anemia com Hb 7g/ml e necessidade de aumento da dose de metilprednisolona.
Apesar da raridade das metástases pancreáticas, em doentes com história de carcinoma de células renais o índice de suspeição deverá ser aumentado, mesmo vários anos após o diagnóstico da lesão primária.
A púrpura de Henoch-Schonelein, também designada por vasculite leucocitoclástica, é uma vasculite auto-imune não granulomatosa sistémica, que envolve os pequenos vasos. A etiologia não está esclarecida, mas associa-se a infecção, fármacos, vacinas, tumores e deficit de alfa-1-antitripsina. É a forma de vasculite mais frequente nas crianças, sendo menos frequente em adultos. O envolvimento cutâneo é a forma mais comum de apresentação e geralmente precede o gastrointestinal. A segunda porção do duodeno é a região mais afectada. Pode manifestar-se por náusea, vómitos ou hemorragia digestiva. Os achados endoscópicos incluem eritema, edema, petéquias e sufusões hemorrágicas. O diagnóstico histológico é confirmatório. Este caso ilustra o envolvimento gastrointestinal numa doente com vasculite leucocitoclástica.
A colestase canalicular e as lesões do tipo degenerativo do epitélio dos ductos biliares são alterações raras na infecção por vírus da hepatite C. No caso descrito a regressão do quadro clinico-laboratorial no período de resposta ao tratamento e o agravamento com a recidiva virológica leva a admitir colestase no contexto da infecção crónica pelo VHC.
O carcinoma que se desenvolve no trajeto fistuloso, na Doença de Crohn, é uma complicação rara da doença perianal. É necessário um elevado nível de suspeição para o diagnóstico e rápida intervenção nesta patologia.
A candidose hepato-esplénica é maioritariamente diagnosticada em doentes com doenças hematológicas malignas sendo o seu diagnóstico frequentemente difícil pela ausência de resultados microbiológicos positivos e achados histológicos. A terapêutica deste SRI com corticóides permitiu a resolução dos sintomas e subsequente continuação da quimioterapia. Os autores descrevem o caso por se tratar de uma entidade rara que deve ser considerada perante imagem multinodular hepato-esplénica, sendo ainda de particular interesse a boa resposta clínica e analítica observada após início de corticoterapia.
A atrofia vilositária em contexto de doença celíaca seronegativa é um desafio diagnóstico, representando um diagnóstico de exclusão com outras condições, com implicações terapêuticas e prognósticas. Apresenta-se iconografia fenotípica, endoscópica e histológica.