Os carcinomas mistos adenoneuroendócrinos são neoplasias raras do estômago em que cada um dos componentes (neuroendócrino e exócrino) é maligno, pouco diferenciado e ocupa pelo menos 30% da lesão. Pretende-se expor este caso pouco comum de um carcinoma misto do estômago, incluindo sua iconografia e breve revisão bibliográfica.
O manejo imediato da transecção pancreática pode ser efectuado conservadoramente, com terapêutica endoscópica por CPRE ou, em casos de instabilidade clínica, cirurgia. Estudos prévios demonstram bons resultados quer com terapêutica cirúrgica quer endoscópica, havendo no entanto muito pouca experiência nesta última abordagem. Aquando do aparecimento de complicações tardias, como a que se refere este caso, poderá ser efectuada terapêutica minimamente invasiva por ecoendoscopia, estando a terapêutica cirúrgica indicada em situações de falência do tratamento endoscópico ou instabilidade clínica.
Os hamartomas das glândulas de Brunner são raros e correspondem a 5-10% de todos os tumores benignos duodenais (cuja incidência é de 0,008%). Têm origem nas glândulas de Brunner na submucosa que são secretoras de mucina e estão localizadas preferencialmente na primeira e segunda porções duodenais. Habitualmente são pequenos e achados ocasionais em exames de imagem. Quando sintomáticos, podem apresentar-se como quadro obstrutivo ou hemorragia digestiva.
Os autores destacam uma apresentação diferente da EDS com membranas avermelhadas, em vez da aparência esbranquiçada habitual. Além disso, há uma associação temporal com o tratamento com clindamicina. Portanto, EDS poderá estar associada com este antibiótico, uma combinação nunca antes descrita. Apresenta-se iconografia endoscópica e histológica.
Até à data estão descritos cerca de 1500 casos de doença de Whipple, no entanto, o seu espectro clínico total continua desconhecido pois novas formas de apresentação continuam a ser descritas. O caso aqui demonstrado (manifestação cutânea de um doença intestinal), nunca antes descrito na literatura, demonstra o carácter caprichoso e multifacetado desta doença. Os autores fornecem iconografia relativa ao exame objectivo (membros inferiores), achados endoscópicos e histológicos.
A pseudopolipose gigante do cólon corresponde a uma colecção exuberante de pseudopólipos (>15mm), cuja patogénese se prende com a regeneração inadequada da mucosa intestinal. É uma complicação rara da doença inflamatória intestinal, podendo apresentar-se com sintomas de anemia, hipoalbuminémia, perda de peso, dor abdominal, oclusão intestinal ou massa abdominal. Endoscopicamente, pode confundir-se com processo neoplásico. O tratamento é geralmente cirúrgico, já que a exclusão de displasia é difícil e a maioria dos doentes apresenta-se com sintomas oclusivos."
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é a abordagem de primeira linha na terapêutica da coledocolitíase, na maioria das vezes com recurso à esfincterotomia, seguida da remoção de cálculos com cesto ou balão, com taxas de sucesso de 85 a 95%. Contudo, em casos de litíase difícil - pelo número, tamanho, forma ou localização do cálculo - a eficácia destes métodos é menor, sendo necessária a realização de procedimentos alternativos, nomeadamente litotrícia, dilatação da papila ou colocação de prótese biliar.
O SG laparoscópico é um procedimento destinado ao tratamento de obesidade mórbida, cuja complicação mais deletéria é a deiscência anastomótica, tipicamente localizada na junção esofagogástrica. As próteses cobertas criam uma barreira física, permitindo a cicatrização da deiscência. Apesar de eficazes em 88% dos doentes, as principais limitações são a migração distal e a hipertrofia da mucosa.
A rotura de variz duodenal é rara, massiva e com mortalidade > 40%. A terapêutica não está bem definida; alguns estudos documentam sucesso da escleroterapia com cianocrilato. É importante saber reconhecer esta entidade e conhecer as opções terapêuticas. Apresentam-se imagens endoscópicas e ecoendoscopicas do caso e ilustra-se a terapêutica com um vídeo da escleroterapia da variz duodenal.
A síndrome da ansa aferente em doente com BII, trata-se de uma entidade rara mas potencialmente fatal, que pode cursar com pancreatite aguda ou quadro clínico similar e que, ao promover a hiperproliferação bacteriana, leva à desconjugação dos sais biliares e formação de enterólitos. Quando estes bloqueiam a anastomose a resolução é eminentemente cirúrgica mas, uma atitude endoscópica mais agressiva pode obviar a necessidade de intervenção cirúrgica.