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PNEUMATOSIS CYSTOIDES INTESTINALIS E ULTRASSONOGRAFIA ENDOSCÓPICA
Castro-Poças F.(1,2), Araújo T.(1), Pedroto I.(1,2)

A pneumatosis cystoides intestinalis é uma condição rara definida como a presença de cistos cheios de ar na parede do intestino. Ocorre em duas formas: primária, sem qualquer relevância clínica, normalmente assintomática, com mucosa endoscopicamente normal, e secundária, geralmente devida a doença pulmonar crônica ou isquemia intestinal. São poucos os casos de utilização de ultrassonografia endoscópica na avaliação de lesões subepiteliais no cólon a sugerir o diagnóstico de pneumatosis cystoides intestinalis. A colonoscopia e a ultrassonografia endoscópica realizada com minissonda permitem, num único procedimento e sem risco adicional, a caracterização detalhada de múltiplos abaulamentos das paredes do cólon e o diagnóstico de pneumatosis cystoides intestinalis. É assim possível estabelecer o diagnóstico definitivo sem ser necessário realizar outros meios auxiliares, como a tomografia computadorizada. Esta abordagem pode também evitar a resseção endoscópica inadvertida e perigosa de tais lesões.

PERFURAÇÃO DUODENAL PÓS CPRE: TRATAMENTO ENDOSCÓPICO
Túlio M., Rodrigues J., Chapim I., Marques S., Carmo J., Bana T., Chagas C.

OTSC são dispositivos desenvolvidos para o enceramento de pequenas perfurações gastrointestinais ou ulceras hemorrágicas. Alguns trabalhos descrevem o seu sucesso no encerramento de perfurações gastrointestinais, leaks anastomóticos e fístulas gastrointestinais crónicas. A dimensão da perfuração e o tempo decorrido entre o diagnóstico da mesma e a realização da terapêutica endoscópica são alguns dos fatores que influenciam o seu sucesso. Em casos selecionados, a utilização correta destes dispositivos apresenta-se como uma mais-valia para a prática clínica atual, permitindo uma abordagem conservadora e evitando a invasibilidade e morbimortalidade dos procedimentos cirúrgicos.

TRATAMENTO DE LESÃO GÁSTRICA POR TÉCNICA DE DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA DA SUBMUCOSA EM DOENTE COM HIPERTENSÃO PORTAL
Rodrigues J., Barreiro P., Carvalho L., Túlio M., Costa P., Chagas C.

A dissecção endoscópica da submucosa (DES) é uma técnica segura e eficaz para o tratamento de lesões gástricas pré-malignas e malignas precoces na população em geral. Apesar de um risco aumentado de hemorragia, trabalhos recentes têm demostrado segurança e eficácia na aplicação da técnica em doentes com hipertensão portal, principalmente quando comparada com a alternativa cirúrgica, que se associa a uma morbilidade e mortalidade acrescida.

ASPERGILOMA PULMONAR DIAGNOSTICADO POR PUNÇÃO ASPIRATIVA POR ECOENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
Rodrigues-Pinto E., Lopes S., Príncipe F., Costa J., Macedo G.

A lesões mediastínicas para-esofágicas podem ser acedidas por ecoendoscopia. Não há relatos prévios de imagens sugestivas de Aspergilose pulmonar na ecoendoscopia. Acreditamos que esta imagem anelar central numa lesão hipoecóica poderá ser característica.

COLEDOCODUODENOSTOMIA COMO PONTE PARA CIRURGIA
Costa Santos V., Nunes N., Ávila F., Massinha P., Liberal R., Rego A.C., Pereira J.R., Paz N., Duarte M.A.

A drenagem endoscópica transpapilar é o método de primeira linha na abordagem terapêutica da patologia obstrutiva biliar, com elevadas taxas de sucesso. Entre as suas limitações encontra-se a incapacidade de aceder à papila, quer por alterações anatómicas em doentes previamente operados, quer pela existência de estenose duodenal.

IMAGEM RARA NA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA - UM CASO CLÍNICO DE DOR ABDOMINAL
Antunes A.G., Eusébio M., Vaz A.M., Queirós P., Agapii R., Peixe B., Guerreiro H.

Os pseudoaneurismas ocorrem em até 10% das pancreatites, sendo a artéria gastroduodenal afectada em menos de 15% dos casos. O gold standard para o diagnóstico é a angiografia, apresentando a TC e a RMN uma sensibilidade que ronda os 67%.

PALIAÇÃO DE FÍSTULA GASTROCÓLICA SECUNDÁRIA A NEOPLASIA DO CÓLON COM PRÓTESE REVESTIDA ATRAVÉS DE ABORDAGEM SIMULTÂNEA COM DOIS ENDOSCÓPIOS
Rodrigues J. P., Pinho R., Proença L., Fernandes C., Ribeiro I., Silva J., Ponte A., Carvalho J.

A utilização de próteses metálicas auto-expansíveis no tratamento paliativo de neoplasias colo-retais estenosantes está amplamente estabelecida. A presença de uma fístula gastrocólica é uma condição rara que pode limitar o sucesso terapêutico nestas situações.

COLANGIOSCOPIA DIRETA NA LITÍASE DIFÍCIL - ACESSÓRIO COMUM NUM PROCEDIMENTO COMPLEXO
Costa Santos V., Nunes N., Ávila F., Massinha P., Liberal R., Rego A.C., Pereira J.R., Paz N., Duarte M.A.

A litíase difícil está associada a uma menor eficácia da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) utilizando as técnicas de remoção convencionais. Em  casos de dificuldade de acesso à papila, cálculos de grandes dimensões (>15 mm) ou na litíase múltipla, pode ser necessário um procedimento alternativo para garantir a drenagem biliar.

LAQUEAÇÃO ELÁSTICA: UMA OPÇÃO ENDOSCÓPICA EFICAZ NA HEMORRAGIA DIVERTICULAR ATIVA
Marques S. , Rodrigues J., Carmo J., Bispo M., Barreiro P., Chagas C.

Apesar de pouco difundida, a laqueação elástica está descrita na literatura como eficaz e segura no tratamento da hemorragia diverticular. Estudos recentes defendem que esta técnica é superior à utilização de clips no tratamento da hemorragia diverticular (recidiva hemorrágica precoce: 6% vs 33%) e deve, por isso, ser considerada uma opção de 1ª linha nestes casos. Os autores apresentam um caso de hemorragia diverticular diagnosticada e tratada eficazmente por endoscopia, com recurso à laqueação elástica. É apresentado vídeo do procedimento.

VARIZES ECTÓPICAS EM ANASTOMOSE PANCREATO-JEJUNAL: UMA CAUSA RARA DE HEMORRAGIA
Gonçalves BM, Bastos P, Leão P, Rolanda C, Gonçalves R

A hemorragia por varizes ectópicas é uma causa rara de hemorragia digestiva, representando menos de 5% de todas as hemorragias por varizes. A causa mais comum de varizes ectópicas é a presença de hipertensão portal. Na sua ausência outras causas têm de ser consideradas, nomeadamente antecedentes de cirurgia abdominal. A hemorragia por varizes ectópicas apresenta-se um desafio diagnóstico uma vez que os métodos auxiliares de diagnóstico iniciais frequentemente são normais, sendo a endoscopia digestiva fundamental no seu diagnóstico e tratamento.