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EXCISÃO ENDOSCÓPICA DE CARCINOMA PAVIMENTOCELULAR DO ESÓFAGO POR TÉCNICA DE DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA DA SUBMUCOSA
Rodrigues J., Barreiro P., Marques S., Carmo J., Chagas C.

O desenvolvimento de técnicas de dissecção endoscópica da submucosa (DES) tem permitido a excisão em bloco de lesões pré-malignas e malignas precoces do tracto gastrointestinal, independentemente do seu tamanho, e deste modo desafiar os critérios clássicos de curabilidade endoscópica. Dada a morbilidade associada à alternativa cirúrgica, a DES para o tratamento de lesões esofágicas precoce é muito promissora e tem demonstrado ser exequível e segura principalmente em séries orientais.

HEPATOGASTROSTOMIA GUIADA POR ECOENDOSCOPIA
Ávila F., Nunes N., Costa Santos V., Massinha P., Liberal R., Rego A.C., Pereira J.R., Paz N., Duarte M.A.

A drenagem biliar guiada por ecoendoscopia é uma alternativa à cirurgia e à drenagem percutânea, quando a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica falha (3-5% dos casos). A hepatogastrostomia guiada por ecoendoscopia está indicada em situações específicas, nomeadamente obstrução gástrica/invasão duodenal, alteração anatómica e obstrução biliar proximal. Para além disso, em procedimentos paliativos, a drenagem biliar interna apresenta vantagens à percutânea, sendo mais cómoda para o doente. É um procedimento tecnicamente difícil e com potenciais complicações (migração da prótese, colangite e peritonite biliar).

TERAPÊUTICA ENDOVASCULAR GUIADA POR ECOENDOSCOPIA – A PROPÓSITO DE 2 CASOS DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Roque Ramos L.1, Pinto-Marques P.1, Pires S.2, Barosa R.1, Patita M.1, Freitas J.1

Com o desenvolvimento do ecoendoscópio linear e agulhas finas na década de 90 tornou-se possível abordar estruturas vasculares próximas do tubo digestivo. Contudo, os dados da literatura permanecem escassos sendo necessários estudos prospectivos e aleatorizados que demonstrem a eficácia e segurança destas técnicas.

MIOTOMIA ENDOSCÓPICA PERORAL (POEM) NA TERAPÊUTICA DA ACALÁSIA: EXPERIÊNCIA INICIAL DE UM CENTRO PORTUGUÊS
Carmo J., Pires E., Serra D.

As terapêuticas endoscópicas tradicionalmente usadas na acalásia – dilatação pneumática e toxina botulínica – apresentam eficácia limitada a longo-prazo. Na última década a técnica POEM (Peroral Endoscopic Myotomy) surgiu como uma terapêutica endoscópica alternativa, minimamente invasiva, com resultados promissores em termos de segurança e eficácia nos estudos iniciais. Embora sejam necessários estudos comparativos a longo-prazo entre a miotomia cirúrgica tradicional (de Heller) e a técnica POEM, esta terapêutica endoscópica inovadora encontra-se em clara expansão, com potenciais vantagens relativamente à abordagem laparoscópica e com elevada eficácia aos 10 meses em Centros Europeus e Norte-Americanos de referência.

PRÓTESE ESOFÁGICA METÁLICA AUTO-EXPANSÍVEL TOTALMENTE RECOBERTA NO TRATAMENTO COMBINADO DE UMA FÍSTULA AORTO-ESOFÁGICA
Rodrigues-Pinto E., Pereira P., Macedo G.

As fístulas aorto-esofágicas são uma causa rara de hemorragia digestiva; uma das principais causas é a erosão da parede esofágica por um aneurisma da aorta torácica. A reparação aórtica endovascular permite o controlo rápido da hemorragia proveniente da aorta, contudo, não repara a parede esofágica, mantendo-se o risco de mediastinite e infecção do enxerto aórtico. Relatos prévios consideram a correcção cirúrgica da lesão esofágica após estabilização do doente, contudo, a reconstrução esofágica secundária pode causar trauma cirúrgico significativo. As próteses esofágicas são universalmente utilizadas no tratamento de fístulas esofágicas. Em casos seleccionados, poderão ser uma alternativa menos invasiva e eficaz nas fístulas aorto-esofágicas, excluindo o defeito da parede, permitindo a cicatrização e alimentação oral.

ENTEROPATIA ATRÓFICA E SERONEGATIVIDADE PARA DOENÇA CELÍACA: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO
Martins C., Teixeira C., Ribeiro S., Trabulo D., Gamito E., Cardoso C., Oliveira A.P.

A doença celíaca assume-se como a causa mais frequente de enteropatia atrófica. No entanto, a atrofia vilositária num doente seronegativo constitui um dilema diagnóstico que deverá motivar a investigação de causas adicionais antes de se estabelecer um diagnóstico definitivo de doença celíaca seronegativa.

HIDROTÓRAX HEPÁTICO - CPAP COMO TRATAMENTO DE RECURSO
Gago T., Eusébio M., Antunes A., Vaz A.M., Queirós P., Agapii R., Ramos A., Guerreiro H.

O Hidrotórax Hepático (HH) ocorre em 5% dos doentes com cirrose hepática e ascite. É causado pela transferência do líquido ascítico do abdómen para o espaço pleural através do diafragma, devido ao gradiente de pressão negativo intratorácico. O seu tratamento pode tornar-se difícil, com frequente refractariedade a diuréticos e toracocenteses evacuadoras. Outras alternativas, como a pleurodese, podem revelar-se agressivas com elevado risco de complicações.

ALTERNATIVA TERAPÊUTICA NA DOENÇA ASSOCIADA AO CLOSTRIDIUM DIFFICILE RECIDIVANTE EM DOENTE COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
Gravito-Soares M., Gravito-Soares E., Alves A., Giestas S., Portela F., Gomes D., Gregório C., Romão Z., Ferreira M., Sofia C.

A Doença associada ao Clostridium difficile (DACD) recidivante ocorre em 10-25% dos doentes tratados com metronidazol e vancomicina. Recentemente, o transplante de microbiota fecal foi aprovado na 3ª recidiva de DACD com uma alta taxa de sucesso (?90%). A sua aplicação na Doença inflamatória intestinal (DII) ainda é escassa.

LITÍASE VESICULAR E ALTERAÇÃO DAS PROVAS HEPÁTICAS EM DOENTE JOVEM
Palmela C., Nunes J., Costa Santos M., Madureira R., Valentim M.H., Cravo M.

Nos últimos anos tem se verificado um aumento do alerta clínico para o amplo espectro de doenças por mutação no gene ABCB4. Os autores apresentam um caso de um indivíduo jovem, com necessidade de colecistectomia precoce e história familiar de litíase vesicular e alteração das provas hepáticas em que se confirmou a presença de mutações no gene ABCB4, enquadrando-se no espectro do low phospholipid associated cholestasis syndrome (LPAC). O tratamento atempado com AUDC permite evitar evolução para formas graves, incluindo cirrose hepática.

LESÃO SUB-EPITELIAL DO CÓLON: UM CONTRIBUTO DA ULTRASSONOGRAFIA TRANSPARIETAL HIDROCÓLICA
Ribeiro H., Pinto J., Leitão C., Santos A., Pereira E., Sousa R., Caldeira A., Tristan J., Banhudo A.

O linfangioma do cólon é uma lesão subepitelial benigna rara, geralmente assintomática, constituindo na maioria das vezes um diagnóstico incidental. Atualmente, é aceite que o seu diagnóstico pode ser baseado em achados endoscópicos complementados pela caracterização ultrassonográfica obtida pela ecoendoscopia.