A neoplasia mucinosa papilar intraductal origina-se a partir do revestimento epitelial dos ductos pancreáticos e, de acordo com o grau de atipia celular, pode ser classificada como benigna, borderline, carcinoma in situ ou carcinoma invasivo. É descrita como lesão precursora do adenocarcinoma ductal invasivo do pâncreas, podendo em determinados casos ocorrer de forma simultânea, conferindo um prognóstico menos favorável.
Nos doentes imunossuprimidos a Leishmaniose visceral pode apresentar disseminação para locais atípicos como o tracto gastrointestinal, sendo o duodeno o local mais frequentemente afectado (cerca de 90% dos casos). Os aspectos endoscópicos são variáveis, desde mucosa aparentemente normal, inflamação gástrica ou duodenal inespecífica ou mucosa atrófica ou nodular.
Os autores propõem este caso para apresentação dada a sua invulgaridade e pelas imagens da ecoendoscopia.
A etiologia infeciosa da pancreatite aguda (PA) é rara (menos de 2%). A PA como complicação da infeção por Leptospira é incomum existindo apenas alguns casos reportados na literatura.
Os estrogénios e contracetivos orais encontram-se associados a várias complicações hepáticas, incluindo colestase intrahepática. Contudo, não se encontram descritas complicações graves associadas aos implantes contracetivos.
A presença de corpos estranhos na via biliar é uma causa rara de icterícia obstrutiva, existindo apenas alguns casos reportados na literatura relativos a resíduos alimentares (ex. espinhas), parasitas, clips metálicos, migração de stents, compressas e material de sutura não-absorvíveis. Não só causam icterícia por obstrução como potenciam a formação de cálculos na via biliar.
Com a erradicação de varizes esofágicas têm-se tornado mais frequentes causas classicamente raras de hemorragia digestiva no contexto de hipertensão portal.
A esofagite inclui um diagnóstico diferencial alargado, no entanto, a presença de múltiplas etiologias em simultâneo no mesmo doente é pouco frequente.
O LBDGC é o subtipo histológico mais comum de linfoma não-Hodgkin. Contudo, a linfomatose peritoneal é uma condição rara, associando-se a subtipos tumorais mais agressivos. Embora associado a prognóstico reservado, diagnóstico precoce e terapêutica adequada são fundamentais para melhorar a sobrevida destes doentes.
O tratamento endoscópico é seguro e eficaz, permitindo resolução da sintomatologia sem necessidade de re-intervenção a longo prazo. Os autores apresentam iconografia pormenorizada dos procedimentos endoscópicos e manifestações cutâneas na EB.