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HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DE CAUSA INESPERADA
Meireles L., Carvalho J. R., Lopes J., Carrilho-Ribeiro L., Velosa J.

A púrpura de Henoch-Schonelein, também designada por vasculite leucocitoclástica, é uma vasculite auto-imune não granulomatosa sistémica, que envolve os pequenos vasos. A etiologia não está esclarecida, mas associa-se a infecção, fármacos, vacinas, tumores e deficit de alfa-1-antitripsina. É a forma de vasculite mais frequente nas crianças, sendo menos frequente em adultos. O envolvimento cutâneo é a forma mais comum de apresentação e geralmente precede o gastrointestinal. A segunda porção do duodeno é a região mais afectada. Pode manifestar-se por náusea, vómitos ou hemorragia digestiva. Os achados endoscópicos incluem eritema, edema, petéquias e sufusões hemorrágicas. O diagnóstico histológico é confirmatório.  Este caso ilustra o envolvimento gastrointestinal numa doente com vasculite leucocitoclástica.

COLESTASE NA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C
Santos P.1, , Moura M.1, , Silva R.2, , Fatela N.1, , Ramalho F.1

A colestase canalicular e as lesões do tipo degenerativo do epitélio dos ductos biliares são alterações raras na infecção por vírus da hepatite C. No caso descrito a regressão do quadro clinico-laboratorial no período de resposta ao tratamento e o agravamento com a recidiva virológica leva a admitir colestase no contexto da infecção crónica pelo VHC.

CARCINOMA EM FÍSTULA PERIANAL NA DOENÇA DE CROHN
Araújo T. (1), Castro-Poças F. (1,2), Rocha A. (2,3), Lago P. (1), Maia L. (1), Pedroto I. (1,2)

O carcinoma que se desenvolve no trajeto fistuloso, na Doença de Crohn, é uma complicação rara da doença perianal. É necessário um elevado nível de suspeição para o diagnóstico e rápida intervenção nesta patologia.

CANDIDOSE HEPATO-ESPLÉNICA: UM CASO DE SUCESSO APÓS INÍCIO DE CORTICOTERAPIA
Coelho R. 1, Gonçalves R. 1, Lopes S. 1 , Príncipe F. 2, Macedo G. 1

A candidose hepato-esplénica é maioritariamente diagnosticada em doentes com doenças hematológicas malignas sendo o seu diagnóstico frequentemente difícil pela ausência de resultados microbiológicos positivos e achados histológicos. A terapêutica deste SRI com corticóides permitiu a resolução dos sintomas e subsequente continuação da quimioterapia. Os autores descrevem o caso por se tratar de uma entidade rara que deve ser considerada perante imagem multinodular hepato-esplénica, sendo ainda de particular interesse a boa resposta clínica e analítica observada após início de corticoterapia.

DOENÇA CELÍACA SERONEGATIVA NO ADULTO: DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA
Gravito-Soares E., Gravito-Soares M., Cardoso R., Lopes S., Freire P., Mendes S., Figueiredo P., Sofia C.

A atrofia vilositária em contexto de doença celíaca seronegativa é um desafio diagnóstico, representando um diagnóstico de exclusão com outras condições, com implicações terapêuticas e prognósticas. Apresenta-se iconografia fenotípica, endoscópica e histológica.

CARCINOMA MISTO ADENONEUROENDÓCRINO DO ESTÔMAGO – RELATO DE CASO
Silva M.J., Costa M. N., Esteves J., Oliveira M., Mateus Marques R., Costa L., Diogo C., Fernandes M., Quaresma L., Pupo A., Gualdino Silva J., Guedes Silva J., Caldeira Fradique A.,

Os carcinomas mistos adenoneuroendócrinos são neoplasias raras do estômago em que cada um dos componentes (neuroendócrino e exócrino) é maligno, pouco diferenciado e ocupa pelo menos 30% da lesão. Pretende-se expor este caso pouco comum de um carcinoma misto do estômago, incluindo sua iconografia e breve revisão bibliográfica.

DRENAGEM DE PSEUDOQUISTO PANCREÁTICO COMO COMPLICAÇÃO DE TRANSECÇÃO TRAUMÁTICA DO PÂNCREAS
Santos-Antunes J., Moutinho Ribeiro P. , Macedo G.

O manejo imediato da transecção pancreática pode ser efectuado conservadoramente, com terapêutica endoscópica por CPRE ou, em casos de instabilidade clínica, cirurgia. Estudos prévios demonstram bons resultados quer com terapêutica cirúrgica quer endoscópica, havendo no entanto muito pouca experiência nesta última abordagem. Aquando do aparecimento de complicações tardias, como a que se refere este caso, poderá ser efectuada terapêutica minimamente invasiva por ecoendoscopia, estando a terapêutica cirúrgica indicada em situações de falência do tratamento endoscópico ou instabilidade clínica.

HAMARTOMA DAS GLÂNDULAS DE BRUNNER – UMA CAUSA RARA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Barbeiro S., Atalaia Martins C., Marcos P., Gonçalves C., Cotrim I., Cunha MF., Canhoto M., Eliseu L., Silva F., Vasconcelos H.

Os hamartomas das glândulas de Brunner são raros e correspondem a 5-10% de todos os tumores benignos duodenais (cuja incidência é de 0,008%). Têm origem nas glândulas de Brunner na submucosa que são secretoras de mucina e estão localizadas preferencialmente na primeira e segunda porções duodenais. Habitualmente são pequenos e achados ocasionais em exames de imagem. Quando sintomáticos, podem apresentar-se como quadro obstrutivo ou hemorragia digestiva.

ESOFAGITE DISSECANTE SUPERFICIAL ASSOCIADA À CLINDAMICINA
Silva J., Pinho R., Ribeiro I., Ponte A., Rodrigues J., Carvalho J.

Os autores destacam uma apresentação diferente da EDS com membranas avermelhadas, em vez da aparência esbranquiçada habitual. Além disso, há uma associação temporal com o tratamento com clindamicina. Portanto, EDS poderá estar associada com este antibiótico, uma combinação nunca antes descrita. Apresenta-se iconografia endoscópica e histológica.

DIARREIA CRÓNICA E PÚRPURA PALPÁVEL
Magalhães-Costa P., Chagas C.

Até à data estão descritos cerca de 1500 casos de doença de Whipple, no entanto, o seu espectro clínico total continua desconhecido pois novas formas de apresentação continuam a ser descritas. O caso aqui demonstrado (manifestação cutânea de um doença intestinal), nunca antes descrito na literatura, demonstra o carácter caprichoso e multifacetado desta doença. Os autores fornecem iconografia relativa ao exame objectivo (membros inferiores), achados endoscópicos e histológicos.