Remanescentes traqueobrônquicos esofágicos congênitos são uma condição rara, com poucos casos relatados na literatura. A falência do processo embrionário normal da separação do trato respiratório do esofágico pode resultar em remanescentes traqueobrônquicos como fístulas traqueo-esofágicas, quistos, divertículos ou estenose esofágica.
A amiloidose primária é uma discrasia plasmocitária que resulta no depósito extracelular de proteína fibrilhar amiloide. Esta é uma doença multisistémica sendo os rins, coração e fígado os principais órgãos afectados. O papel da ecoendoscopia no diagnóstico de amiloidose está descrito na literatura, maioritariamente referente a casos com depósitos gastro-duodenais.
Os autores descrevem um caso de HNR 4 anos após transplante hepático complicado com estenose da VCI. Esta entidade rara, cujo diagnóstico definitivo é realizado por histologia hepática, deve ser considerada no algoritmo diagnóstico de doentes com hipertensão portal após transplante hepático. O caso descrito tem particular interesse dado que a HNR surgiu após a transplantação hepática complicada com estenose da VCI o que poderá ter contribuído de forma determinante na transformação do parênquima hepático.
A infeção por Citomegalovírus associa-se a elevada morbidade e mortalidade em doentes imunodeprimidos, seja por infeção primária ou reativação de uma infeção latente. A esofagite é a segunda manifestação gastrointestinal mais comum, depois da colite. Considera-se pertinente a apresentação e discussão do caso devido à raridade da esofagite por CMV em doentes imunodeprimidos sem síndrome de imunodeficiência adquirida e pela iconografia associada.
Nem sempre o mais óbvio responde a todos os mistérios na busca do diagnóstico.
A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma infecção frequente em doentes cirróticos com ascite, na presença de doença hepática em estadio avançado.
A Colite Ulcerosa é uma entidade crónica com incidência crescente nos países desenvolvidos e em jovens adultos, com implicações importantes na sua qualidade de vida. A apresentação severa revela-se de difícil manejo e o tratamento um autêntico desafio, muitas vezes além das Guidelines aprovadas. O switch anti-TNF não é frequente na indução e manutenção da remissão por não se conhecer beneficio. No caso de um jovem, com apresentação grave e relutância a cirurgia, esta pareceu-nos a única alternativa, com resultados surpreendentes.
As FAEs são comunicações entre o lúmen aórtico e uma víscera oca, dividindo-se em primárias ou secundárias, sendo estas mais frequentes e ocorrendo após cirurgias de reconstrução aórtica em até 2% dos casos. Correspondem a causas raras de hemorragia digestiva, com mortalidade de 100% na ausência de tratamento, manifestando-se habitualmente em duas fases: a primeira, autolimitada, ocorre após erosão da parede endoluminal pela prótese (associando-se infecção) e a segunda, quando se estabelece uma comunicação directa com o lúmen aórtico. O local mais comum para ocorrência de FAE é o duodeno (80%), habitualmente D3 ou D4, em virtude da proximidade anatómica, sendo o jejuno menos frequentemente acometido.
A úlcera gástrica penetrada ao fígado é uma patologia rara estando descritos 15 casos na literatura. O diagnóstico é mais frequentemente efectuado pela presença de tecido hepático nas biópsias, análise de peça operatória ou autópsia, sendo que os exames imagiológicos e endoscópicos raramente permitem o diagnóstico."
A insuficiência renal (IR) é frequente nos doentes com cirrose hepática sendo a etiologia variada, incluindo infecção, hipovolémia, síndrome hepato-renal (SHR) e doenças parenquimatosas renais.