A diabetes é uma doença crónica, em larga expansão em todo o mundo. Segundo os números da International Diabetes Federation (IDF) estimaram-se em 2013 cerca de 382 milhões de pessoas com diabetes prevendo-se para 2035 mais de 592 milhões, o que representará um aumento superior a 55%.
O trabalho para a elaboração do poster "Cuidados de Enfermagem na realização da técnica de Rendez-Vous Ecoendoscopia-CPRE", surgiu como um investimento dos Enfermeiros de um Centro de Gastrenterologia (CG), no âmbito da padronização e especialização do Papel do Enfermeiro na área da Gastrenterologia.
A hemorragia digestiva, constitui a causa mais frequente de urgência/emergência em Gastrenterologia. No caso da hemorragia digestiva alta não-varicosa a mortalidade, não obstante o avanço nas terapêuticas endoscópica e farmacológica pouco se modificou na última década. Actualmente, a utilização de um novo agente tópico hemóstatico, aplicado por endoscopia em spray, sobre as lesões sangrantes, formando um tampão mecânico, que cobre a hemorragia, parece ser um passo significativo e eficaz no controle desta emergência.
A manometria de alta resolução é uma variante da manometria convencional, que ao invés de usar seis a oito sensores para avaliação da motilidade esofágica, usa múltiplos sensores de pressão assim como de impedância. Com estes dados o programa de análise é capaz de criar um mapa de contornos isobáricos codificados por cores. Com esta tecnologia é possível uma análise simultânea de dados referentes a todo o esófago (esfíncter esofágico superior, corpo do esófago e esfíncter esofágico inferior) em tempo real e graficamente. Relativamente à manometria convencional em que é necessário a mobilização da sonda, esta técnica apresenta uma maior aplicabilidade clinica e é mais confortável para o cliente.
As situações de hemorragia digestivas altas são uma das principais situações de emergência em Gastroenterologia. Estas podem ter diversas etiologias. O tratamento a instituir varia de acordo com a etiologia. O hemospray (Cook Medical) é um agente hemostático para o tratamento de hemorragia digestiva alta. A sua eficácia foi demonstrada nos casos de hemorragia por úlcera péptica, bem como em hemorragia gastrointestinal relacionada com cancro. O hemospray entra em contato com a humidade, formando uma barreira mecânica estável no local da hemorragia. O pó é emitido através de um cateter e pulverizado sobre o local da hemorragia sob orientação endoscópica, sem a necessidade de contato com o tecido. As potenciais vantagens desta abordagem hemostática são ser de fácil aplicação, não requer uma visão do foco hemorrágico, e não necessita de contato direto com o tecido.
As próteses biodegradáveis surgem como uma alternativa de tratamento para utentes com estenoses benignas do esófago, refratárias à terapêutica de dilatação endoscópica prévia.
A hemorragia digestiva alta por rotura de varizes gástricas constitui uma complicação grave e pouco frequente de hipertensão portal, condicionando elevada morbimortalidade. Atualmente, a cola de cianoacrilato (N-butil-2-cianoacrilato) é considerada o gold standard para a terapêutica. Contudo, devido a técnicas não padronizadas, constatam-se taxas elevadas de hemorragia e outras complicações graves (embolismo, sépsis e fistula).
O Hemospray é um método novo de hemóstase endoscópica constituído por um pó mineral, inorgânico, sem proteínas humanas ou produtos vegetais e que não é absorvido nem metabolizado pelas células da mucosa, apresentando portanto um baixo risco de toxicidade sistémica.
A acalásia é uma doença da motilidade esofágica que é caracterizada por aperistálise do corpo do esófago e ausência de relaxamento ou relaxamento incompleto do esfíncter esofágico inferior à deglutição, de etiologia desconhecida.
A polipectomia representa provavelmente a intervenção terapêutica mais frequentemente realizada em endoscopia digestiva. O enfermeiro assume uma responsabilidade importante na assistência técnica durante a polipectomia, sobretudo no momento de encerramento da ansa, de forma a diminuir/ evitar riscos de hemorragia imediata, danos nos tecidos profundos e/ou resseção transmural. O adequado encerramento da ansa deve ter por base fatores como a velocidade do corte e a tração necessárias, bem como as propriedades do pólipo e a sua localização. É por isso imperativa, para a realização de um procedimento seguro, a familiaridade com os diferentes equipamentos e acessórios de endoscopia, os tipos de corrente e de polipectomia e os diferentes tipos de pólipos.