A hemorragia digestiva média (HDM) corresponde a 5-10% da hemorragia gastrointestinal. A enteroscopia por cápsula (EC) é o exame diagnóstico gold-standard. Não está definido consensualmente nenhum modelo preditor individual do risco de recidiva hemorrágica.
Recentemente foi proposta uma nova classificação endoscópica (Endoscopic Grading of Gastric Intestinal Metaplasia - EGGIM) para determinar o risco fenotípico de cancro gástrico através da avaliação da metaplasia intestinal gástrica (MIG) utilizando endoscópios de alta resolução com Narrow-Band-Imaging (HR-NBI).
A maioria dos doentes com colangite biliar primária (CBP) responde a terapêutica com ácido ursodeoxicólico (AUDC). Para aqueles que não respondem ao AUDC, as alternativas terapêuticas são escassas. Os fibratos têm sido sugeridos como agentes de segunda linha em doentes que não atingem resposta bioquímica adequada à monoterapia com AUDC. O objetivo deste estudo é avaliar o papel dos fibratos como terapêutica de segunda linha na CBP.
Na CPRE o risco de complicações das técnicas de pré-corte é maior quando a porção terminal da via biliar principal (tVBP) não está dilatada. Alguns autores propõem que a largura/morfologia da papila major, são determinadas pela procidência do segmento intra/supraduodenal da tVBP. Pretendemos avaliar se o diâmetro da tVBP pode ser determinado pela observação da morfologia da papila durante a duodenoscopia.
carcinogénese gástrica envolve a progressão sequencial desde mucosa normal, gastrite atrófica, displasia a adenocarcinoma. Os microRNAs (miRNAs) são RNAs não codificantes com capacidade de regulação epigenética cujo papel na carcinogénese gástrica não está estabelecido.
O fígado gordo não alcoólico (FGNA) engloba um espectro de disfunção hepática, desde esteatose simples, esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), cirrose hepática, até carcinoma hepatocelular. Neste trabalho tivemos como objectivo avaliar os níveis de expressão de hormonas relevantes na patogénese do FGNA como potenciais biomarcadores circulantes.
De acordo com as guidelines da ASGE, os doentes com alto risco de coledocolitíase devem realizar colangiopancreateografia (CPRE). Estas guidelines aplicam-se apenas a doentes não colecistectomizados, não existindo recomendações para doentes sem vesícula. Neste grupo, as considerações diagnósticas podem ser diferentes visto que o cutt off de 6mm para a dilatação da via biliar principal (VBP) pode ser inapropriado. O objetivo deste trabalho é avaliar a aplicabilidade dos critérios da ASGE para realização de CPRE nos doentes colecistectomizados.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um dos métodos de primeira linha na abordagem de fístulas biliares iatrogénicas. Em doentes submetidos a colocação de prótese biliar, o timing e método ideal de remoção é controverso. Com o presente trabalho pretendemos avaliar a eficácia da CPRE e identificar doentes nos quais a repetição de CPRE pode não ser necessária.
A Colangite Aguda possui um amplo espectro de prognóstico, estando associada a elevada morbi-mortilidade nos casos de maior severidade. Torna-se importante a estratificação do risco de cada doente, de forma a selecionar aqueles que beneficiam de drenagem biliar precoce. As guidelines de Tokyo (TG18/TG13) propõem uma classificação de gravidade com o objetivo de predizer o prognóstico e, deste modo, determinar a melhor abordagem terapêutica.
Com o aumento da esperança média de vida a proporção de idosos com coledocolitíase vai aumentar e com isso a necessidade de colangiopancreatografia endoscópica (CPRE). As recomendações atuais sugerem colecistectomia em todos os doentes com coledocolitíase, no entanto, a adesão a estas recomendações em doentes idosos é baixa. O objetivo deste trabalho é aferir o benefício da colecistectomia após CPRE por coledocolitíase nos doentes com mais de 75 anos.