A mucosectomia debaixo de água (MDA) é uma técnica recente na qual se distende o lúmen do cólon exclusivamente com água. Desta forma aproveita-se o efeito de flutuação da submucosa, sem haver necessidade de injeção. Por outro lado, a muscularis propria mantem-se afastada devido à sua maior densidade. Não existem séries descritas em Portugal. Com este estudo pretendemos avaliar a eficácia e segurança da mucosectomia debaixo de água na ressecção de lesões do cólon.
A estratégia “resect and discard” (RD) baseia-se na caracterização por cromoendoscopia óptica dos pólipos diminutos e favorece a relação custo-efetividade do rastreio por colonoscopia. Segundo a ASGE, esta estratégia pode ser aplicada se houver uma concordância ≥90% nos intervalos de vigilância pós-polipectomia relativamente à estratégia convencional. O nosso objetivo foi avaliar a exequibilidade da estratégia RD no nosso serviço.
A mucosectomia em fragmentos (pEMR) permite a resseção de lesões colorretais não-invasivas de maiores dimensões. A previsão da recidiva histológica (RH), determinada na colonoscopia de revisão, é ainda uma limitação. O score SERT (Sydney EMR-recurrence tool) recentemente descrito permite prever recidiva endoscópica (RE), não tendo sido avaliado como preditor de RH. O presente estudo pretendeu validar o score de SERT como preditor de RE e RH tal como compará-lo ao score SMSA (size, morphology, site, access) já validado como preditor.
A prevalência da infeção por Helicobacter pylori (H. pylori) em Portugal é muito elevada e a erradicação está formalmente indicada nas mais variadas circunstâncias. A utilização indiscriminada de antibióticos determinou um aumento crescente da resistência desta bactéria a diversos antimicrobianos, com subsequente falência dos esquemas terapêuticos. O presente estudo pretende determinar se a terapêutica quádrupla baseada no bismuto, por intermédio do Pylera®, pode ser útil como tratamento de segunda linha ou de resgate.
Os resultados da manometria esofágica de alta resolução (MAR) dependem da posição corporal, conforme demonstrado por estudos que comparam o decúbito dorsal com a posição sentada. Existem escassos dados na literatura sobre as diferenças entre o decúbito dorsal e lateral. No nosso centro, a posição de decúbito lateral é frequentemente utilizada para reduzir os artefactos vasculares. Contudo, é essencial clarificar se existem diferenças entre as posições de decúbito, para assegurar que o decúbito lateral possa ser utilizado.
Embora a maioria dos casos de isquémia do cólon (IC) seja ligeira e autolimitada, quando grave implica elevadas taxas de mortalidade. O objectivo consistiu em avaliar o valor preditivo de risco da classificação proposta pelas guidelines (2015) do American College of Gastroenterology (ACG).
A ultrassonografia com contraste (CEUS) na Doença de Crohn (DC) permite detetar e quantificar a vascularização transmural. O objetivo foi avaliar a CEUS como preditor de resposta ao tratamento imunossupressor na DC.
Evidência crescente sugere que avaliação isolada da atividade da Doença de Crohn (DC) num determinado momento é redutora. Recentemente, foi desenvolvido o Disease Severity Index (DSI) o qual integra avaliações momentânea e longitudinal da doença. Com o presente estudo pretendemos avaliar a relação do DSI com DC incapacitante (disabling).
O cancro colo-rectal (CCR) é o segundo mais comum nos países desenvolvidos. Mais de 1/4 destes doentes requer quimioterapia. Existem diferentes vias reconhecidas na carcinogénese colorectal, que podem ter impacto no sucesso terapêutico. A eficácia dos fármacos tem sido testada quer em xenotransplantes, quer em culturas de tumores de curta duração. No entanto, não há modelos de longa duração validados.
As patologias anorretais benignas (PAB) são frequentes com sintomas que poderão ter impacto na qualidade de vida destes doentes.As patologias anorretais benignas (PAB) são frequentes com sintomas que poderão ter impacto na qualidade de vida destes doentes.O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de sintomas de ansiedade/depressão e a qualidade de vida (QV) nos doentes com PAB.