A biópsia aspirativa guiada por ecoendoscopia (EUSFNAB) de lesões subepiteliais (LSE) do tubo digestivo é o principal método utilizado para adquirir material destas lesões. Apesar do desenvolvimento de novas agulhas, a rentabilidade diagnóstica mantém-se baixa. Considera-se que um dos fatores implicados seja uma transmissão ineficaz da pressão negativa com a técnica seca, já que estas lesões geralmente apresentam elevada coesão celular. Recentemente foi descrito um novo método de aspiração, com preenchimento da agulha com soro fisiológico – wet suction technique (WST), com resultados promissores no estudo de lesões pancreáticas. Não existem até à data estudos da aplicação de WST na avaliação de LSE.
A resseção endoscópica de lesões pré-malignas e malignas precoces do estômago revelou-se uma alternativa efetiva à cirurgia. Contudo, estes doentes apresentam um risco aumentado de lesões síncronas (LS) e metácronas (LM). A vigilância endoscópica anual ou bianual está recomendada, mas a estratificação desse risco não é clara. Assim, pretende-se identificar preditores de desenvolvimento de LS e LM após resseção endoscópica curativa de lesões epiteliais gástricas na nossa população.
O rastreio de carcinoma gástrico por endoscopia digestiva alta é custo-efetivo em países de alta incidência, mas em países de risco intermédio é ainda controverso.O rastreio de carcinoma gástrico por endoscopia digestiva alta é custo-efetivo em países de alta incidência, mas em países de risco intermédio é ainda controverso.O objetivo deste estudo foi avaliar uma modalidade de rastreio de cancro gástrico por endoscopia digestiva alta (EDA), em procedimento concomitante à realização de colonoscopia de rastreio.
O correto estadiamento e classificação da gastrite crónica atrófica e metaplasia intestinal (MI) gástrica pressupõe realização de ≥ 4 biopsias (2 do antro/incisura e 2 do corpo), sendo os fragmentos colocados em diferentes recipientes de acordo com as recomendações atuais. A cromoendoscopia virtual com NBI auxilia no diagnóstico e vigilância desta condição.
A cromoendoscopia com lugol aumenta a sensibilidade na detecção de carcinoma pavimento-celular (CPC) esofágico. No entanto, é uma técnica morosa e promove a motilidade esofágica podendo dificultar a resseção. A cromoendoscopia com NBI tem demonstrado resultados satisfatórios no diagnóstico do CPC esofágico. O objetivo foi comparar a eficácia da cromoendoscopia com lugol versus NBI na identificação dos limites para ressecção do CPC esofágico.
Apesar dos avanços no tratamento, e, considerando que uma elevada percentagem dos doentes com cancro colorectal (CCR) experienciam recidiva devido à metastização e quimioresistência, neste estudo pretenderam-se identificar as melhores opções de terapia para subtipos específicos de CCR recentemente propostos.
A classificação SMSA (size, morphology, site, access) permite estratificar a complexidade das mucosectomias endoscópicas (EMR). No entanto a influência de outras características das lesões é amplamente reconhecida. O objetivo do presente estudo foi incorporar outras características na classificação SMSA e determinar a sua acuidade na predição de complicações da EMR.
A hemorragia digestiva média (HDM) corresponde a 5-10% da hemorragia gastrointestinal. A enteroscopia por cápsula (EC) é o exame diagnóstico gold-standard. Não está definido consensualmente nenhum modelo preditor individual do risco de recidiva hemorrágica.
Recentemente foi proposta uma nova classificação endoscópica (Endoscopic Grading of Gastric Intestinal Metaplasia - EGGIM) para determinar o risco fenotípico de cancro gástrico através da avaliação da metaplasia intestinal gástrica (MIG) utilizando endoscópios de alta resolução com Narrow-Band-Imaging (HR-NBI).
A maioria dos doentes com colangite biliar primária (CBP) responde a terapêutica com ácido ursodeoxicólico (AUDC). Para aqueles que não respondem ao AUDC, as alternativas terapêuticas são escassas. Os fibratos têm sido sugeridos como agentes de segunda linha em doentes que não atingem resposta bioquímica adequada à monoterapia com AUDC. O objetivo deste estudo é avaliar o papel dos fibratos como terapêutica de segunda linha na CBP.