Linkedin

CPRE POR VIA TRANSGÁSTRICA ASSISTIDA POR LAPAROSCOPIA
M M Carvalho; A Laranjo; A Rei; C Velez; L Gonçalves; M Simão; L Espírito Santo; M Amaro; M Carvalho; I Medeiros; R Godinho

A realização de CPRE nestes doentes é um desafio, sendo a dimensão da ansa jejunal superior ao alcance dos duodenoscópios standard. A CPRE com utilização de enteroscopia de duplo balão é uma possibilidade mas com baixas taxas de sucesso em papilas nativas, devido à dimensão longa da ansa jejunal, pequeno calibre do canal de trabalho e ausência de elevador do aparelho. A abordagem conjunta de CPRE por via transgástrica apresentada é uma alternativa com melhores resultados comprovados. A não disponibilidade de enteroscopia no nosso Hospital, a experiência e coordenação dos intervenientes foram decisivos na escolha da opção terapêutica.

RESSEÇÃO ENDOSCÓPICA DA MUCOSA POR TÉCNICA UNDERWATER DE LATERAL SPREADING TUMOR SOBRE TATUAGEM ENDOSCÓPICA
Rodrigues Jp; Pinho R; Sousa M; Silva Jc; Gomes C; Carvalho Jp

A tatuagem endoscópica é uma técnica amplamente utilizada para facilitar a identificação de lesões colorretais em procedimentos endoscópicos ou cirúrgicos subsequentes. No entanto, tem sido associada a complicações significativas, incluindo peritonite. Adicionalmente, a realização de tatuagem muito próxima às lesões pode levar a dificuldades técnicas por fibrose associada, com consequentes procedimentos endoscópicos laboriosos, e podendo contribuir inclusive para perfuração intestinal. De facto, as partículas de carbono podem-se disseminar ao longo de uma distância significativa na submucosa, sendo recomendada a sua realização 2-3cm distalmente às lesões. A UEMR é uma técnica útil nas lesões de difícil exérese, inclusive em contexto de fibrose. Este é o primeiro caso relatado da utilização da técnica de UEMR em lesão com fibrose secundária a tatuagem endoscópica.

RE-POEM: UMA OPÇÃO VÁLIDA APÓS FALÊNCIA PRIMÁRIA DA TÉCNICA?
Pedro Barreiro1; Iala Carina1; Catarina Vieira2; José Pedro Rodrigues1; Catarina Felix1; Joyce Chivia1; Cristina Chagas1

O POEM é actualmente aceite na terapêutica da acalásia (elevado sucesso clínico >90% associado a baixa taxa de complicações). Contudo uma pequena percentagem de doentes irá persistir ou recorrer dos sintomas prévios ao procedimento. Nestes casos, a literatura ainda é escassa para definição da melhor opção terapêutica. Pequenas séries, sugerem que novo POEM (Re-POEM) poderá ser uma opção com taxas de sucesso > 85%. Do conhecimento dos autores este é o primeiro caso de Re-POEM em Portugal, descrevendo-se igualmente a técnica com a nova Triangle Tip Knife J, técnica de partial full mytomy e diferenças técnicas entre abordagem anterior e posterior.

NECESSIDADE DE TODO O ARMAMENTÁRIO ENDOSCÓPICO NO TRATAMENTO DE DEISCÊNCIA ANASTOMÓTICA
Rui Morais; Eduardo Rodrigues-Pinto; Pedro Pereira; Guilherme Macedo

O presente caso evidencia a complexidade associada ao tratamento endoscópico das deiscências do trato digestivo superior, com necessidade de múltiplas abordagens distintas.

POESIA EM MOVIMENTO – POEM DE A A Z
Margarida Flor De Lima; Nuno Nunes; Vera Santos; Ana Catarina Rego; José Renato Pereira; Nuno Paz; Maria Antónia Duarte

A técnica de tunelização, após ter sido desenvolvida para o tratamento da acalásia, tem vindo a ser aplicada a outras patologias, tais como na resseção de lesões subepiteliais ou na diverticulotomia de Zenker, como o caso descrito. A vantagem da técnica de tunelização consiste na possibilidade de se efetuar uma miotomia completa do septo.

EXCISÃO ENDOSCÓPICA EM BLOCO DE NEOPLASIAS CIRCUNFERENCIAIS DO ESÓFAGO: SÓ PARA O ORIENTE?
Pedro Barreiro; Iala Carina; Joyce Chivia; Catarina Felix; Pedro Figueiredo; Miguel Bispo; Cristina Chagas

No ocidente, a aplicação da DES no esófago continua a ser limitada a poucos centros. Destaca-se ainda que a ressecção circunferencial de neoplasias esofágicas são pouco frequentes e maioritariamente descritas no ocidente. Os autores apresentam o caso pela sua raridade, demonstrando a aplicabilidade da técnica no esófago mesmo em lesões circunferenciais extensas, descrevendo aspectos técnicos particulares neste tipo de excisões.

VARIANTES TÉCNICAS NA DRENAGEM BILIAR-GUIADA POR ECOENDOSCOPIA
J. Fernandes1,2; D. Libânio1,3; S. Giestas1; T. Araújo1; J. Ramada1; M. Certo4; J. Canena7; L. Lopes1,5,6

A CPRE com a colocação de prótese é uma técnica minimamente invasiva de 1ª linha para o tratamento de obstruções biliares. Apesar da sua elevada segurança e eficácia, existem doentes em que esta não é possível, mesmo quando realizada por endoscopistas com experiência em CPRE. A maioria destes casos está relacionada com tumores que invadem o duodeno, não permitindo o acesso do duodenoscópio à 2ª porção duodenal ou o reconhecimento da papila major. Nestas situações as drenagens biliares por ecoendoscopia, são uma opção válida em centros com endoscopistas experientes em CPRE/ ecoendoscopia e recursos materiais e humanos adequados. Neste vídeo pretendemos ilustrar 3 variantes desta técnica (coledocoduodenostomia, hepatogastrostomia, prótese anterógrada transpapilar), cuja experiência a nível mundial é ainda limitada, dado o elevado nível de dificuldade associado.

TERAPÊUTICA DE NEOPLASIA DUODENAL POR TÉCNICA DE RESSEÇÃO ENDOSCÓPICA TRANSMURAL
J. Castela; S. Mão De Ferro; S. Ferreira; J. Pereira Da Silva; R. Fonseca; A. Dias Pereira

A mucosectomia ou disseção da submucosa de adenomas duodenais não-ampulares, principalmente se ausência/elevação subóptima da submucosa, revelam-se frequentemente ineficazes e com risco acrescido de perfuração. A abordagem cirúrgica pode obrigar a resseções extensas, com elevada morbilidade. O FTRD é uma técnica endoscópica minimamente invasiva que permite resseção transmural com aplicação prévia de OTSC (clip-and-cut), com resultados promissores na abordagem de lesões do trato digestivo.

MIOTOMIA ENDOSCÓPICA PERORAL NO TRATAMENTO DA ACALÁSIA EM DOENTE COM MIOTOMIA DE HELLER PRÉVIA
Iala Pereira Costa; Joyce Chivia; Catarina Felix; José Rodrigues; Pedro Barreiro; Cristina Chagas

A técnica POEM foi descrita recentemente para o tratamento da acalásia revelando-se uma opção terapêutica eficaz (taxas de sucesso clínico > 90%). Ainda que tecnicamente possa ser mais difícil e demorado em doentes com miotomia cirúrgica prévia, a aplicação da técnica nestes casos tem apresentado resultados de eficácia e segurança globalmente sobreponíveis quando comparados com doentes naïves. Descreve-se a técnica de POEM demonstrando-se ser uma opção terapêutica em doentes com recidiva/falência pós miotomia de Heller destacando-se as particularidades nestes casos: necessidade de abordagem posterior; demonstração de fibrose durante túnel da submucosa.

REPERMEABILIZAÇÃO DE ESTENOSE COMPLETA DE ANASTOMOSE COLORRETAL GUIADA POR ECOENDOSCOPIA COM RECURSO A PRÓTESE AUTOEXPANSÍVEL DE APOSIÇÃO LUMINAL
Gonçalo Nunes1; Pedro Pinto-Marques1,2; Miguel Allen3; Luís Gargaté4

A formação de estenoses anastomóticas é uma complicação frequente da cirurgia colorretal. A obstrução completa do lumen é uma ocorrência rara, obrigando frequentemente a reintervenção cirúrgica por impossibilidade de passagem de sistemas de dilatação endoscópica e próteses convencionais. Casos esporádicos de repermeabilização de estenoses completas guiada por ecoendoscopia com recurso a LAMS têm sido reportados na literatura. O presente caso ilustra a eficácia terapêutica desta abordagem minimamente invasiva, bem como a sua aplicabilidade na prática clínica corrente.