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INJEÇÃO DE CIANOACRILATO NO TRATAMENTO DE VARIZ DO CÓLON ASCENDENTE
M Sousa; I Ribeiro; L Proença; C Fernandes; J Rodrigues; J Carvalho

As varizes esofágicas são uma causa comum de hemorragia gastrointestinal em pacientes com hipertensão portal, mas as varizes ectópicas são extremamente raras (entre 1% e 5%), especialmente no cólon ascendente. Devido à infrequência a intervenção terapêutica ideal é desconhecida. Relatamos um caso bem-sucedido de hemorragia de varizes do cólon ascendente tratado endoscopicamente com injeção de N-butil-2-cianoacrilato. 

O PAPEL DA ULTRASSONOGRAFIA DA PAREDE DIGESTIVA NO DIAGNÓSTICO DE FITOBEZOAR DO DELGADO
Flávio Pereira; Richard Azevedo; Marisa Linhares; João Pinto; Helena Ribeiro; Cátia Leitão; Ana Caldeira; José Tristan; Eduardo Pereira; Rui Sousa; António Banhudo

O fitobezoar é uma causa rara de obstrução do intestino delgado e geralmente está relacionado com a ingestão de alimentos ricos em fibras, como abóbora, ameixa ou diospiro. Os achados ultrassonográficos típicos do bezoar intestinal correspondem a uma massa hiperecogénica intraluminal com cone de sombra posterior. Consideramos pertinente a apresentação deste caso clínico pela raridade da patologia e pelo valor acrescentado da ultrassonografia da parede digestiva no seu diagnóstico.

DUPLO PILORO ADQUIRIDO: UMA COMPLICAÇÃO INCOMUM DE ÚLCERA DUODENAL
F Pereira; C Leitão; R Azevedo; M Linhares; J Pinto; H Ribeiro; A Caldeira; J Tristan; E Pereira; A Banhudo

O duplo piloro é uma condição rara caraterizada pela presença de uma dupla comunicação entre o antro gástrico e o bulbo duodenal. Pode ocorrer como uma anormalidade congénita ou como complicação de uma úlcera penetrante. O diagnóstico é tipicamente realizado por estudo endoscópico. Na maioria dos casos, o tratamento é conservador, incluindo inibidores da bomba de protões, a evicção de AINEs e a erradicação do Helicobacter pylori.

EXTRAVASAMENTO DE FÍSTULA DE GASTROSTOMIA – RESOLUÇÃO ENDOSCÓPICA NÃO CONVENCIONAL
C. Macedo1; A.R. Alves2; N. Almeida1,3; A.M. Ferreira1; F. Taveira4; L. Tomé1

O extravasamento gástrico é uma complicação comum. Após otimização das medidas conservadoras está recomendada a remoção da sonda para permitir o encerramento parcial do orifício, com colocação posterior de uma nova. Contudo, tal traduz-se frequentemente na necessidade de diversas intervenções endoscópicas e, por vezes, na criação de uma nova fístula gastro-cutânea. Este caso, documentado iconograficamente, demonstra uma terapêutica endoscópica alternativa para a resolução desta complicação, que se revelou segura e eficaz, podendo evitar a necessidade de remover totalmente a sonda com o objetivo de promover o encerramento parcial do estoma.

EXPULSÃO RETAL ESPONTÂNEA DE LIPOMA DO CÓLON
Marta Rocha1; Sílvia Pereira2; Ricardo Küttner Magalhães1; Marta Salgado1; Isabel Pedroto1

Os lipomas são os segundos tumores benignos mais comuns do cólon, com uma incidência de 0,035%-4,4%. Habitualmente cursam sem sintomas e são diagnosticados incidentalmente durante uma colonoscopia ou cirurgia por outras condições. Os sintomas correlacionam-se com frequência com o tamanho, em especial quando excede os 2 cm e tipicamente são dor abdominal, alterações nos hábitos intestinais e hemorragia gastrointestinal. Em casos raros, o lipoma pode destacar-se espontaneamente, principalmente se volumoso e pedunculado. A razão para este evento não é clara na maioria dos casos. Possíveis mecanismos são a necrose do lipoma pela torção do pedículo ou intussuscepção desse segmento cólico.

TERAPÊUTICA ENDOSCÓPICA DO PÂNCREAS DIVISUM
A. Laranjo; M. Carvalho; A. Rei; I. Mocanu; S. Pires; N. Veloso; L. Gonçalves; R. Godinho; I. Medeiros

Os autores apresentam este caso de PD por demonstrar associação positiva com a PA recorrente e por se verificar sucesso da terapêutica endoscópica na remissão de sintomatologia.

PAPILA MAJOR ÚNICA COM DOIS OSTIA INDEPENDENTES – O QUE NOS ENSINA ESTA ANOMALIA CONGÉNITA RARA?
J. Fernandes1,2; T. Araújo1; S. Giestas1; J. Ramada1; M. Certo3; J. Canena6; L. Lopes1,4,5

O sistema de Vater é constituído pela via biliar principal e o ducto de Wirsung que se fundem na parede duodenal formando a papila major. Neste vídeo apresentamos uma doente com uma papila major com 2 ostia independentes com rebordos circulares, em que o ostium caudal comunica exclusivamente com o ducto pancreático principal e o ostium craneal exclusivamente com a via biliar principal. Estamos perante uma anomalia rara, distinta, e ainda mais infrequente do que, a anomalia da dupla papila major, havendo muitos poucos casos descritos em CPRE. Este caso relembra a necessidade imperiosa de nunca obviar uma observação meticulosa da papila major, desde da sua porção caudal até ao limite craneal, durante a canulação biliar profunda, e sobretudo antes de iniciar um acesso por pré-corte.

DRENAGEM TRANSGÁSTRICA DE COLEÇÕES PERI-PANCREÁTICAS EM DOENTE COM PÂNCREAS DIVISUM E PANCREATITE AGUDA RECORRENTE
Damião Fs; Moura M; Ferreira Cn; Carvalhana S; Gonçalves Ar; Correia La; Ribeiro Lc; Velosa J

Pâncreas divisum representa a alteração congénita anatómica mais comum do pâncreas, relatado em 3-7% dos casos de pancreatite aguda. É controverso se, por si só, causa pancreatite aguda. A drenagem endoscópica de coleções peripancreáticas está amplamente descrita, no entanto são raros os casos de expulsão espontânea de próteses de drenagem.

CPRE NO TRATAMENTO DE CÁLCULO GRANDE DO COLÉDOCO EM DOENTE COM GASTRECTOMIA BILLROTH II
J. Fernandes1,2; D. Libânio1,3; T. Araújo1; S. Giestas1; J. Ramada1; M. Certo4; J. Canena5; L. Lopes1,6,7

A remoção endoscópica de cálculos grandes da VBP em doentes com gastrectomia Billroth II é difícil e complexa. Nestes doentes existem vários desafios a ultrapassar. O primeiro consiste na colocação do endoscópio em segurança junto à papila major. Em seguida é necessário fazer uma canulação da VBP numa anatomia em que a via biliar tem uma orientação inversa. No caso de ser diagnosticado um cálculo de grandes dimensões, as dificuldades aumentam exponencialmente. Descrevemos uma técnica com grau de complexidade III demonstrando várias adaptações técnicas para assegurar o êxito do tratamento.

PANCREATITE AUTO-IMUNE DE APRESENTAÇÃO AGUDA – A PROPÓSITO DE DOIS CASOS CLÍNICOS
Vítor Pereira1; Filipe Vilas-Boas2; Pedro Moutinho-Ribeiro2; Rui Gaspar2; Joana Carvão1; Goreti Faria1; Joanne Lopes3; Helena Garcia4; Henrique Morna1; Luís Jasmins1; Guilherme Macedo2

A pancreatite auto-imune (PAI) é uma patologia rara cuja apresentação aguda mais comum pode variar da icterícia obstrutiva/massa pancreática até a pancreatite aguda. São reconhecidos dois tipos de PAI: tipo 1, como parte do espectro da doença sistémica por IgG4 e tipo 2 mais frequentemente associada à doença inflamatória intestinal.