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HEMATOMA INTRAMURAL TARDIO DO DUODENO APÓS PROCEDIMENTO DIAGNÓSTICO SIMPLES POR ECOENDOSCOPIA E BIÓPSIA ASPIRATIVA COM AGULHA FINA
Joana Roseira; Helena Tavares De Sousa; Miguel Cunha; Juan Rachadell; Tânia Gago; Ana Catarina Cunha; Pedro Campelo; Francisca Pulido Valente1; Jorge Brito; Bruno Peixe; Horácio Guerreiro

A ecoendoscopia e a punção-biópsia aspirativa com agulha fina (EUS-FNA) permitem complementar a investigação de lesões pancreáticas de forma segura e minimamente invasiva. Os hematomas intramurais do duodeno são raros e geralmente associados a trauma abdominal. Os autores relatam o primeiro caso e iconografia de um hematoma duodenal intramural após ecoendoscopia diagnóstica. Homem de 65 anos em seguimento na consulta de Gastroenterologia por lesão sólida da cabeça do pâncreas de difícil caracterização no contexto de uma pancreatite crónica idiopática. Sem outros antecedentes ou medicação habitual relevante.

ESOFAGITE DE PADRÃO LIQUENÓIDE: UMA ETIOLOGIA RARA DE DISFAGIA
Joana Carvão; Armando Peixoto; Elisabete Rios; Fátima Carneiro; Guilherme Macedo

Relatamos o caso de uma doente do sexo feminino, 42 anos, sem antecedentes pessoais ou história medicamentosa conhecida que recorre à consulta de gastrenterologia por história com 4 meses de evolução de disfagia episódica para líquidos e sólidos, com uma frequência semanal associada a epigastralgia. Sem outra sintomatologia acompanhante. Exame objetivo e analítico sem alterações de relevo. Realiza endoscopia digestiva alta com mucosa esofágica sem alterações endoscópicas. Realizadas biópsias do esófago distal e proximal que revelam, em localização intraepitelial, numerosos linfócitos, frequentes células epiteliais apoptóticas (corpos de Civatte) e no tecido conjuntivo, fibrose com moderado infiltrado inflamatório linfóide com artefactos de esmagamento compatíveis com esofagite de padrão liquenóide (EPL). Realiza simultaneamente manometria de alta resolução (MAR) com elevação da pressão integrada de relaxamento (IRP) e peristalse preservada, compatível com obstrução da junção esofagogástrica segundo a classificação de Chicago, secundária a patologia orgânica.

MESENTERITE RETRÁTIL ASSOCIADA A POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO
Rui Morais; Rosa Coelho; Eduardo Rodrigues-Pinto; Catarina Silva; Fernando Magro; Eva Barbosa2; Guilherme Macedo

Homem, 38 anos, previamente residente noutro país, foi referenciado por mesenterite retrátil, com diagnóstico 4 anos antes, após episódio de oclusão intestinal pelo qual foi submetido a enterectomia. O pós-operatório foi complicado por abcessos intrabdominais e fístulas enterocutâneas com necessidade de múltiplas intervenções cirúrgicas e colocação de drenos percutâneos (total 10 intervenções). À observação na nossa instituição apresentava-se emagrecido, com 3 fístulas enterocutâneas com alto débito (~1500 ml/diários) e dor abdominal persistente refratária à terapêutica instituída.

TRANSPLANTE DE MICROBIOTA FECAL NA ELIMINAÇÃO DE MICROORGANISMOS RESISTENTES AOS ANTIBIÓTICOS – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
Catarina Gouveia; Catarina Gomes; Carlos Palos; Patrícia Pereira; Lídia Ramos; Marília Cravo

Apresentamos o caso de um homem de 87 anos com antecedentes de fibrilhação auricular, cardiopatia hipertensiva, doença renal crónica estadio 3, gamapatia monoclonal de significado indeterminado e portador de pacemaker, medicado com valsartan, bisoprolol e apixabano. Trata-se de um doente submetido a colecistectomia há 26 anos por litíase vesicular complicada de coledocolitíase. Por coledocolitíase recorrente complicada de colangite aguda, e evidência de dilatação da via biliar principal, foi submetido a coledocoduodenostomia em Maio/2014.

TRATAMENTO COM APC DE ANASTOMOSE GASTROJEJUNAL DILATADA
Marco Silva; Sérgio Barrichello; Luiz Gustavo De Quadros; Sara Gomes; Manoel Dos Passos Galvão Neto; Thiago Ferreira De Souza; Eduardo Grecco; Guilherme Macedo

Mulher de 39 anos de idade, submetida a bypass gástrico em Y de Roux (RYGB). Durante 5 anos após o procedimento, a doente manteve o peso desejado seguindo a dieta recomendada, atingindo um peso mínimo de 70 kg (peso inicial de 119kg (IMC=45,4kg/m2)). Posteriormente apresentou ganho de peso gradual associado a falta de saciedade pós-prandial, sem melhoria com correções dietéticas e exercício físico. Foi realizada cintigrafia de esvaziamento gástrico, que mostrou trânsito gástrico acelerado com retenção de 42% aos 30 min (valor de referência> 70%) e 18,2% aos 60 min (valor de referência> 30%).

GASTROPLASTIA VERTICAL ENDOSCÓPICA – RESSUTURA APÓS OITO MESES DE PROCEDIMENTO
Marco Silva; Luiz Gustavo De Quadros; Sara Gomes; Manoel Dos Passos Galvão Neto; Thiago Ferreira De Souza; Eduardo Grecco; Guilherme Macedo

Mulher de 52 anos de idade, com obesidade Grau II (IMC 36Kg/m²), sem comorbidades. Após falência de tratamento clínico e endoscópico (balão intrgástrico) de obesidade, foi submetida a gastroplastia endoscópica. A gastroplastia endoscópica foi realizada com sistema OverStich® com aplicaçao de 4 plicaduras em forma de “U” de acordo com a técnica descrita na literatura. Após o procedimento, a doente perdeu 12% do peso total atingindo um IMC 32.2Kg/m2, 5 meses após o procedimento.

PSEUDOOCLUSÃO INTESTINAL POR HERPESVIRUS 6 HUMANO EM DOENTE TRANSPLANTADO RENAL
Sofia Saraiva; Carolina Simões; Mariana Verdelho Machado; Carlos Freitas; Cilénia Baldaia; Ana Valente; Tiago Marques; Carla Santos; Sara Gonçalves; Rui Tato Marinho

Mulher de 64 anos, transplantada renal um mês antes, por doença renal secundária a amiloidose de etiologia não esclarecida, é internada por quadro de dor, distensão abdominal e diarreia aquosa intermitente. Apresentava-se hemodinamicamente estável, apirética e com defesa à palpação abdominal. Analiticamente, sem elevação dos parâmetros inflamatórios, LDH 400U/L, GGT 200U/L, FA 245U/L e níveis tóxicos de tacrolimus (20,4ng/ml). Angio-TC abdominal: distensão não obstrutiva do íleon terminal e cólon até ao esplénico, artéria mesentérica permeável. Toxina de Clostridium difficile positiva, com melhoria parcial e transitória após terapêutica dirigida.

ENDOSCOPIA COM QUALIDADE
Telma Quaresma; Ines Aljustrel; Ana Catarina Martins; Ana Patricia Miguel; Carina Nunes; Claudia Cavaco; Daniela Costa; Mariana Santos

“A qualidade e a segurança no sistema de saúde são uma obrigação ética porque contribuem decisivamente para a redução dos riscos evitáveis, para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde… A estratégia de qualidade… pretende responsabilizar e distinguir as melhores práticas.” (MS, Despacho nº 5613/2015).

A ENFERMAGEM NO AVANÇO DAS TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO
Maria Joao Coelho

Nos últimos anos a endoscopia digestiva com cromoendoscopia e magnificação de imagem, têm despertado interesse especialmente na identificação de neoplasias precoces e na diferenciação da mucosa gastrointestinal displásica da mucosa normal, facilitando biópsias dirigidas e na escolha de técnicas endoscópicas adequadas no manejo destas patologias.

URGÊNCIAS EM GASTROENTEROLOGIA: A IMPORTÂNCIA DA DIFERENCIAÇÃO EM ENFERMAGEM
Maria Julieta Cunha Pavão

Ao longo dos últimos anos a endoscopia tornou-se um instrumento essencial no diagnóstico e terapêutica. Paralelamente ao desenvolvimento técnico e à especialização médica, a enfermagem em endoscopia desenvolveu-se como uma disciplina altamente qualificada. Os enfermeiros das unidades de endoscopia deparam-se muitas vezes com situações que poderão despoletar uma situação de urgência. Estas situações poderão ocorrer quer nos exames endoscópicos programados quer nos exames de urgência, estando estes últimos afetos á prevenção.