Aproximadamente 10% a 15% dos cálculos biliares não podem ser tratados com recurso a extração com cesto ou balão de extração. A Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica com litotrícia electrohidráulica tem um impacto clínico na obtenção de fragmentação destes cálculos. No entanto, esta pode ser difícil para casos desafiadores, como cálculos biliares intra-hepáticos. A colangioscopia com sistema Spyglass DS2 surgiu recentemente, permitindo contornar esse problema.
Neste vídeo apresentamos um homem de 77 anos, com antecedentes de úlcera duodenal, internado através do serviço de urgência por vómitos pós-prandiais tardios.
O cancro de mama é a forma de cancro mais prevalente no sexo feminino (30% do total de neoplasias) . Representa a causa mais comum de morte por cancro em mulheres em idade ativa. Existem dois tipos histológicos predominantes: o carcinoma ductal invasor (CDI), responsável por 85% casos, e o carcinoma lobular invasor (CLI).
A endoscopia digestiva alta (EDA) pelo orifício de gastrostomia é um exame raramente realizado. Representa um desafio, na medida em que a observação e o manejo do endoscópio são realizados numa perspetiva diferente da habitual. Contudo, a acuidade diagnóstica deste procedimento é semelhante à de uma EDA convencional, pelo que pode constituir uma alternativa em doentes com gastrostomia percutânea e obstrução esofágica total.
Angiomiolipomas (AML) são lesões geralmente encontradas no rim e fígado. No entanto, podem surgir, raramente, noutras localizações. O angiomiolipoma pancreático é raro e apenas alguns casos estão relatados na literatura. Uma vez que existem poucos relatos de casos de AML pancreático, não está estabelecido nenhum protocolo definitivo para a abordagem destas lesões. Apresentamos um caso de AML pancreático e o seu aspeto em tomografia computadorizada (TC) abdominal e ultrassonografia endoscópica (EUS), bem como a nossa abordagem.
Homem de 53 anos, com pancreatite crónica alcoólica, desenvolve dor epigástrica súbita e síncope. A tomografia computorizada abdominal (TAC) revelou pseudoquisto com 15x12cm do corpo e cauda do pâncreas, com evidência de hemorragia intraquística recente. Analiticamente apresentou descida de 4g/dL de hemoglobina em 12h. O doente foi admitido na unidade de cuidados intensivos, onde se manteve hemodinamicamente estável, sem recorrência de hemorragia intraquística, no entanto com dor abdominal recorrente, de predomínio pós-prandial. Sem alterações na endoscopia digestiva alta, à exceção de abaulamento da parede anterior do estômago. A colangioressonância magnética excluiu síndrome do ducto desconectado, enquanto a angio-TAC excluiu pseudoaneurisma, hemorragia ativa ou recorrência hemorrágica.
A utilização de aspiração durante a punção com agulha fina (FNA) está associada a maior celularidade da amostra. No entanto também aumenta a contaminação hemática, que poderá diminuir a acuidade diagnóstica. A utilidade da aspiração na punção de lesões sólidas do pâncreas (LSP) utilizando agulhas de histologia de nova geração (FNB) ainda não foi esclarecida.
A fistulotomia com faca (NKF) é a técnica preferida de pré-corte. Originalmente usada tardiamente no algoritmo de canulação, tem sido cada vez mais utilizada de forma precoce. Recentemente foi descrito o seu uso como método primário de canulação. É desconhecido o impacto destas diferentes estratégias nos resultados da NKF, pelo que analisámos uma grande coorte de pacientes ao longo do tempo.
A melhor abordagem para a drenagem biliar da obstrução maligna em casos de CPRE falha da é um tema controverso, sendo a via percutânea por PTC a abordagem mais comum. Recentemente, a drenagem biliar guiada por ecoendoscopia, com colocação de próteses entre as vias biliares intrahepáticas e o estômago (hepatogastrostomias) ou entre o coledoco e o duodeno (coledocoduodenostomia), tem-se apresentado como uma alternativa viável.
Os quistos do pâncreas (QP) têm diferente potencial de malignidade e opções terapêuticas díspares. As guidelines de Papanicolaou (GP) incluem dados citológicos, imagiológicos e bioquímicos do líquido quístico para classificação em 6 categorias, com estratificação de risco. O CEA >192ng/mL é o marcador standard dos quistos mucinosos e é utilizado nas GP. Estudos recentes demonstram que aglicose tem maior precisão diagnóstica que o CEA.