O álcool e a litíase biliar representam as causas mais comuns de pancreatite aguda. Os scores de gravidade atualmente disponíveis não foram avaliados separadamente para estas duas entidades.
A pancreatite aguda grave (PAG), ocorre em 15-20% dos doentes, exige internamento em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e está associada a elevadas taxas de mortalidade. A mortalidade está associada, numa fase inicial a disfunção multiorgânica e posteriormente a necrose pancreática.
Apesar dos recentes avanços da radiologia e ultrassonografia endoscópica, em um número substancial de doentes o diagnóstico de neoplasia maligna do pâncreas apenas é confirmado após a cirurgia.
A pancreatite aguda representa uma doença complexa e potencialmente fatal cujo curso clínico pode ser altamente variável. Ao longo dos anos, vários sistemas de classificação foram desenvolvidos procurando alocar os doentes em diferentes escalas de gravidade. Estes scores não se encontram validados para a população portuguesa.
A ecoendoscopia e a CPRE apresentam uma boa acuidade diagnóstica na detecção de coledocolitíase. O objetivo deste trabalho foi a análise descritiva e comparativa dos achados da CPRE e ecoendoscopia numa amostra de doentes com coledocolitiase diagnosticada por ecoendoscopia.
Os scores de classificação atuais da pancreatite aguda dão especial importância ao desenvolvimento de necrose pancreática. Contudo as outras complicações locais podem teoricamente influenciar o prognóstico.
A litíase representa a causa mais frequente de pancreatite aguda. De modo a prevenir novos episódios, recomenda-se a realização de colecistectomia após um episódio de pancreatite aguda litiásica. Contudo, podem persistir ou formar-se novos cálculos na restante via biliar. A literatura avaliando a gravidade neste grupo de doentes é escassa.
A colangite aguda pode associar-se a elevada morbimortalidade. As guidelines de Tokyo 2013 (TG13) sistematizaram os itens críticos na abordagem da colangite e colecistite agudas, em relação às guidelines de 2007.
Os critérios de Atlanta recentemente revistos alteraram a perspetiva acerca das coleções líquidas (CL) no contexto da pancreatite aguda (PA) e a história natural destas coleções reclassificadas não se encontra ainda definida.
A nova Classificação de Atlanta para a pancreatite aguda (PA) enfatiza a presença de complicações locais. O seu desenvolvimento deve ser suspeitado quando há aparecimento de disfunção de órgão e/ou SIRS.