A encefalopatia hepática porto-sistémica (EHPS) é uma das complicações mais comuns nos doentes com cirrose hepática. A EHPS associa-se a um mau prognóstico, com taxas de mortalidade descritas de 60-80% no primeiro ano após o diagnóstico. Pretende-se avaliar os fatores associados a mortalidade no primeiro ano após o desenvolvimento de EHPS.
A doença hepática gordurosa não alcoólica é uma epidemia global, contribuindo em 20-30% para alterações da enzimologia hepática. Esta entidade engloba um espectro de estádios desde a esteatose, esteatohepatite e cirrose.
As indicações para realização de biopsia hepática (BH) mudaram consideravelmente nos últimos anos pela evolução e uso de testes para diagnóstico de diversas doenças crónicas do fígado, mas também pelo desenvolvimento de métodos não invasivos de avaliação de fibrose hepática.
A fibrose hepática é o principal fator de prognóstico na Hepatite C crónica (HCV). A biópsia hepática e o Fibroscan® são métodos validados de avaliação de fibrose hepática. Os scores APRI (AST/plaquetas) e FIB-4 (idade x AST/plaquetas x ) são de simples execução e não invasivos para avaliação de fibrose hepática.
Estima-se que até 50% dos doentes internados por doença hepática crónica (DHC) descompensada, apresentem uma infecção bacteriana. Os habituais biomarcadores (PCR, leucócitos e volume plaquetar médio - VPM), a par dos critérios para a síndrome de resposta inflamatória sistémica (SIRS), não se comportam como na população saudável. Propomos avaliar o papel do SIRS e destes biomarcadores, como preditores para exclusão de infecção à entrada no Serviço de Urgência.
Varizes gástricas(VG) são encontradas em 5-33% dos doentes com hipertensão portal(HTP) e têm um risco estimado de hemorragia de 25%. Pretendemos descrever as características clínicas e endoscópicas dos doentes com VG, bem como determinar as taxas de hemorragia e mortalidade e possíveis factores associados a estes desfechos.
As infecções são causa frequente de descompensação e contribuem significativamente para a morbi-mortalidade na cirrose hepática.
A desnutrição na cirrose hepática está amplamente estabelecida como fator de mau prognóstico, associando-se a maior morbilidade e mortalidade. Como tal, a avaliação nutricional tem sido reconhecida como um contributo importante no seguimento destes doentes.
A hemocromatose hereditária é a doença autossómica recessiva mais comum em populações de ascendência europeia. Estudos populacionais demonstraram frequências variáveis dos alelos HFE C282Y, H63D e S65C, sendo a mutação C282Y a mais frequente no Norte da Europa e em Portugal. O objectivo deste estudo é determinar quais as mutações encontradas numa população da ilha de São Miguel referenciada para estudo genético por motivos clínicos.
Comparar a acuidade da Elastografia em Tempo Real (RTE) e dos marcadores serológicos de fibrose hepática (AST/ALT ratio, APRI e FIB-4) no diagnóstico de fibrose avançada (F?3) na hepatite C crónica.