A colonoscopia representa um exame amplamente usado e relativamente seguro no rastreio do cancro colo-retal. Contudo nem sempre é possível realizar uma colonoscopia completa por diversas condições inerentes.
A disseção endoscópica da submucosa (ESD) gástrica permite a resseção de lesões avançadas com menor morbimortalidade comparativamente às alternativas cirúrgicas. Uma população envelhecida com comorbilidades frequentes traz desafios acrescidos a esta técnica. Este trabalho pretende caracterizar a hemorragia pós-procedimento numa coorte de doentes submetidos a ESD de lesões gástricas.
O Síndrome de Peutz-Jeghers (PJ) é uma doença rara caracterizada por hamartomas gastrointestinais, hiperpigmentação mucocutânea e risco aumentado de cancro. Os hamartomas são mais frequentes no intestino delgado e podem complicar com hemorragia, invaginação, obstrução ou isquemia intestinal. O adenocarcinoma do delgado é também uma complicação temida. Neste contexto, está recomendada a vigilância com videocápsula endoscópica (VCE) e resseção dos pólipos >15mm. Objetivo: Avaliar os resultados endoscópicos e clínicos do rastreio/vigilância de pólipos do intestino delgado em doentes com PJ.
Vários estudos já avaliaram os resultados a longo prazo na hemorragia gastrointestinal obscura (HDO) perante achados positivos na enteroscopia assistida por balão (EAB), e as taxas de recidiva após tratamento endoscópico variam entre 10% e 50%. No entanto, os dados a longo prazo na HDO com achados na cápsula endoscópica (CE) mas sem achados significativos na EAB são escassos.
São vários os factores modificáveis e não modificáveis que têm sido associados à preparação intestinal na população geral. No entanto, a informação relativa aos fatores de risco para uma preparação intestinal inadequada na doença inflamatória intestinal (DII) é escassa. Nesta população é particularmente importante uma adequada preparação cólica, quer para a avaliação da atividade quer para o rastreio de lesões pré-malignas através da cromoscopia.
A mucosectomia (EMR) é uma técnica amplamente utilizada na resseção de lesões displásicas do cólon, apresentando potencial de cura e bom perfil de segurança, sendo considerada primeira linha nas lesões não pediculadas ≥20mm sem suspeita de invasão da submucosa.
Os critérios Baveno VI foram propostos para ajudar a identificar doentes com doença hepática crónica avançada (DHCA) compensada que poderiam evitar a realização de endoscopia (EDA) para exclusão de varizes clinicamente significativas. Embora vários estudos tenham validado esses critérios, todos falham em reconhecer o papel potencial da mesma endoscopia para rastreio de neoplasia gástrica nesta população. O objetivo foi avaliar a prevalência de neoplasia gástrica em doentes com DHCA submetidos a EDA de rastreio de varizes.
A cápsula endoscópica (CE) apesar da sua elevada sensibilidade apresenta desvantagens, tal como o tempo necessário para a sua leitura. Foi proposto um novo algoritmo informático chamado Express-View pela Mirocam® que permite uma redução do tempo de leitura da CE, ao não captar imagens repetitivas do intestino delgado (ID).
A remoção da PEG em doentes com tumores da cabeça e pescoço (DTCP) é solicitada após conclusão do tratamento, quando se verifica remissão tumoral e aporte calórico adequado por via oral. O orifício da PEG geralmente encerra espontaneamente 48-72 horas após a remoção. A fístula gastro-cutânea persistente (FGCP) é uma ocorrência rara, confirmando-se o diagnóstico quando há manutenção da saída de conteúdo gástrico pelo orifício de fístula por um período superior a 30 dias. O objetivo deste trabalho é avaliar a incidência e o tratamento de FGCP em DTCP.
A CPRE é uma das técnicas endoscópicas com maior taxa de intercorrências. Objetivos: avaliar a incidência de intercorrências pós CPRE e documentar os fatores de risco para pancreatite pós CPRE (PPC).