A obstipação funcional é uma doença prevalente que atinge cerca de 16% da população geral. Existem vários fatores de risco e o seu tratamento é geralmente conservador. Em internamento existem poucos estudos, motivo pelo qual se realiza este trabalho.
A estrongiloidíase, uma infeção causada pelo parasita Strongyloides stercoralis, ocorre de forma esporádica nos países de clima temperado, como Portugal. O parasita adulto aloja-se na mucosa duodenojejunal e a clínica pode variar desde ausência de sintomas até infeção disseminada com sépsis.
A diarreia representa 7% dos efeitos adversos medicamentosos. O doente polimedicado representa uma realidade nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), mas a iatrogenia farmacológica mantém-se subvalorizada. Um médico de família com 1900 utentes poderá ter 60-100 doentes anualmente com diarreia, mas apenas parte recorrerá à consulta. Baseado neste pressuposto, procedeu-se à revisão dos principais fármacos indutores de diarreia, sistematizando a sua abordagem diagnóstica e terapêutica nos CSP.
Doente do sexo feminino, 81 anos de idade, autónoma, com antecedentes pessoais de hipertensão arterial e bloqueio completo do nódulo AV (portadora de pacemaker), medicada com olmesartan/hidroclorotiazida, amlodipina, nebivolol, clopidogrel e ansiolíticos, que recorreu à Consulta de Gastrenterologia por diarreia sem sangue com um mês de evolução associada a perda ponderal superior a 10% do peso habitual, com grande limitação nas atividades de vida diária.
O cancro gástrico tem elevada mortalidade. O diagnóstico de outros tumores primários tem implicação no seguimento e terapêutica dos doentes. O objetivo desde estudo foi determinar a prevalência e caracterizar as neoplasias múltiplas nos doentes com adenocarcinoma gástrico.
Mulher de 36 anos, sem antecedentes pessoais de relevo. Foi admitida com história de dor abdominal, vómitos e obstipação com uma semana de evolução. Recorreu ao Serviço de Urgência uma semana antes, com quadro de diarreia, vómitos, dor abdominal e perda ponderal de 4 Kgs, sem febre, obteve alta com o diagnóstico de gastroenterite e medicada com antibióticos e antieméticos.
Estudos recentes têm demonstrado o papel da manometria de alta resolução (MAR) na avaliação de doentes com DRGE, estando esta formalmente indicada nos recentes consensos de Lyon. Este trabalho pretendeu relacionar os achados da MAR e da pHmetria em doentes com suspeita de DRGE.
Doente de 51 anos, caucasiano, seguido por infecção a VIH-1, medicado com dolutegravir+abacavir+lamivudina, com boa resposta virológica e imunológica. Reportou queixas com um mês de evolução de proctalgia, obstipação e tenesmo. O toque rectal revelou lesão heterogénea, parcialmente vegetante, quase circunferencial, nos 8cm distais do reto. Realizou colonoscopia total “desde a linha pectínea aos 8cm da margem anal, ocupando 3/4 da circunferência, lesão vegetante, parcialmente ulcerada, friável”(Fig1).
A hemorragia digestiva obscura (HDO) é responsável por cerca de 5% de todas as hemorragias gastrointestinais, podendo ser subclassificada em oculta (anemia ferropénica) ou manifesta. O desenvolvimento da videocápsula enteroscópica (VCE) permitiu melhorar o seu diagnóstico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização da VCE no contexto da HDO manifesta.
Estudos recentes indicam maior risco de patologia cardiovascular em doentes com doença celíaca, nomeadamente miocardiopatia, malformações congénitas, arritmias, aterosclerose prematura ou eventos isquémicos. Pretende-se avaliar a prevalência de alterações estruturais e de ritmo cardíaco na doença celíaca.