Os fenómenos tromboembólicos contituem síndromes paraneoplásicos bem documentados pela capacidade tumoral na indução de um estado de hipercoagulabilidade. A incidência de eventos trombóticos no adenocarcinoma pancreático varia de 17-57%, estando associado a estadios mais avançados da doença e a pior prognóstico.
A pancreatite paraduodenal é uma forma subdiagnosticada de pancreatite crónica / recorrente, caracterizada por inflamação da região da goteira entre a parede duodenal e a cabeça do pâncreas. Este caso é demonstrativo do desafio diagnóstico que esta entidade nos coloca, bem como da validade dos análogos da somatostatina como alternativa à terapêutica endoscópica ou cirúrgica.
A ocorrência de melanoma ano-rectal e adenocarcinoma do cólon síncronos é extremamente rara, havendo 6 casos descritos na literatura.
A Doença Hepática Crónica (DHC) é uma importante causa de morbilidade e mortalidade a nível mundial. A utilização da alanina aminotransferase (ALT) e da aspartato aminotransferase (AST) na deteção e monitorização da DHC estão bem estabelecidas. Na ausência de fatores como hábitos alcoólicos ou de infeções virais, a prevalência de Doença Hepática Não Alcoólica e o seu potencial de evolução para DHC têm vindo a ser progressivamente reconhecidos.
A actividade sexual é uma componente fundamental das relações humanas, com impacto na qualidade de vida. Apesar da sua relevância, raramente é avaliada na prática clínica, nomeadamente em pacientes com doença hepática crónica (DHC). O objetivo do trabalho foi avaliar a importância desta temática numa população com doença hepática crónica.
A EASL-CLIF Consortium validou 2 modelos prognósticos para prever mortalidade na Doença Hepática Crónica (DHC) descompensada, de acordo com a presença ou ausência de acute-on-chronic liver failure (ACLF), respectivamente o CLIF-C ACLF e o CLIF-C acute decompensation (AD). Propomos comparar a acuidade destes modelos, com alguns dos modelos previamente validados (Child-Pugh, MELD, iMELD, Refit-MELD, MELD-Na, MESO e Refit-MELD-Na) na predição à admissão da mortalidade aos 30 e aos 90 dias em doentes com DHC descompensada.
Tem sido demonstrada a utilidade da colangioscopia por operador único com sistema de visualização direta SpyGlass® no diagnóstico de estenoses biliares indeterminadas, diferenciando lesões benignas de malignas, e no tratamento da litíase biliar complexa. O objectivo deste estudo foi avaliar a taxa de sucesso técnico, o desempenho diagnóstico e terapêutico, o impacto na abordagem do doente e as complicações associadas a este procedimento.
A pancreatite aguda é a complicação mais frequente da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Pretendemos avaliar se a hidratação intensiva (HI) influencia a incidência e gravidade da pancreatite pós-CPRE (PPC).
Na icterícia obstrutiva, a distinção entre a etiologia benigna e maligna representa um desafio, mesmo após o armamento laboratorial, endoscópico e radiológico disponível. O impacto dos valores iniciais da bilirrubina sérica no diagnóstico etiológico diferencial permanece por esclarecer.
Não existem métodos validados para fazer o diagnóstico de coledocolitíase em doentes com colecistite aguda. A aplicabilidade do score de coledocolitíase recomendado pela American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE) em doentes com colecistite aguda é controversa.