Os autores destacam a multiplicidade de manifestações gastrointestinais da IDCV, nomeadamente a giardíase, hiperplasia nodular linfoide, doença sprue-like com atrofia vilositária e DII-like numa doente, supreendentemente, pouco sintomática. Evidencia-se a exuberância dos achados endoscópicos duodenais com apagamento da estrutura vilositária que podem dificultar o diagnóstico diferencial, por exemplo, com doença celíaca. Realça-se ainda a displasia gástrica numa doente cuja patologia de base lhe confere risco aumentado de neoplasia gástrica e discute-se a problemática em torno da vigilância.
O caso apresentado ilustra o desafio diagnóstico e dificuldade no manejo de uma doença rara, progressiva e potencialmente fatal. A encefalopatia neurogastrointestinal mitocondrial (MNGIE) é uma doença rara, de transmissão autossómica recessiva e de prevalência desconhecida. O tratamento preconizado é de suporte e o prognóstico é reservado. Recentemente foi publicado um caso de sucesso de transplantação hepática no tratamento desta entidade.
A ESP e a SA são entidades incomuns, com incidência de 0,6-122 e 20casos/milhão/ano. Sendo a SA uma patologia relacionada com imunidade linfocitária Th1 e a ESP a Th2, a associação destas duas entidades é extramente rara (0,7%dos casos de SA).
Acute-on-chronic liver failure (ACLF) is a syndrome characterised by acute decompensation of chronic liver disease associated with organ failures and high short-term mortality. ACLF is frequently associated to precipitating events. Aim of the present study was to assess the most common precipitating factors of ACLF in hospitalized patients.
A terapêutica da infecção do vírus da hepatite C (VHC) tem mudado significativamente nos últimos anos. Os doentes sob terapêutica de substituição opióide (TSO) tem sido apontados como difíceis de tratar por falta de adesão e possíveis efeitos secundários. A terapêutica da infecção do vírus da hepatite C (VHC) tem mudado significativamente nos últimos anos. Os doentes sob terapêutica de substituição opióide (TSO) tem sido apontados como difíceis de tratar por falta de adesão e possíveis efeitos secundários.Objectivos: 1 - demostrar que os antivirais de acção directa (AAD) actualmente disponíveis podem ser utilizados com segurança na TSO. 2 - Comparar a adesão e resposta ao tratamento (utilizadores/não utilizadores de drogas endovenosas sob TSO).
Portugal representou um caso único no acesso aos antivirais de ação direta (DAAs), com a comparticipação de terapêutica com sofosbuvir e sofosbuvir/ledipasvir para todos os doentes com hepatite C crónica. Contudo, até este ano, não existia terapêutica oral totalmente comparticipada para o génotipo 3, levando à utilização de esquemas alternativos sub-óptimos. Os autores propõem-se a rever os esquemas de tratamento com DAAs dos doentes com genótipo 3 e avaliar a sua eficácia, através da resposta viral sustentada (RVS).
Pangenotypic DAAs glecaprevir (formerly ABT-493; NS3/4A inhibitor developed by AbbVie and Enanta) and pibrentasvir (formerly ABT-530; NS5A inhibitor), comprise the interferon (IFN) - and ribavirin (RBV)-free regimen G/P. In seven phase 2/3 trials, G/P achieved SVR12 rates of 92-100% across all six major HCV genotypes (GTs). We present an integrated analysis from these studies on the efficacy of 8 and 12 weeks of G/P treatment in non-cirrhotic patients with GT1-6 infection.
Devido ao amplo uso de métodos de imagem, os nódulos hepáticos são uma indicação cada vez mais frequente para consulta de Hepatologia. Pretende-se com este trabalho avaliar número de exames, consultas e tempo necessários até ao diagnóstico.
Os regimes terapêuticos para a hepatite C crónica tendem a ser mais curtos e sem ribavirina, mais custo-efectivos e com menos efeitos adversos. Objectivo: comparar o regime de 8 semanas de tratamento com o de 12, em doentes sem cirrose, naïves e com carga viral <6000000 UI/mL.
Na era dos antivíricos de ação direta (AAD), o tratamento da Hepatite C Crónica (HCC) por genótipo 3 (GT3) é mais desafiante. As opções terapêuticas são mais limitadas, os doentes apresentam maior risco de cirrose hepática e hepatocarcinoma e as respostas virológicas sustentadas (RVS) são inferiores. Com o presente trabalho, os autores pretendem caracterizar esta subpopulação e demonstrar a experiência de vida real dos AAD no tratamento da HCC por GT3.