“Interventional Endoscopy in the Management of Pancreatic Cancer” é o tema da sessão moderada pelo Dr. Ricardo Rio-Tinto, da Fundação Champalimaud e pelo Dr. Pedro Moutinho Ribeiro, do Centro Hospitalar Universitário de São João, em mais uma edição da Semana Digestiva. Em declarações à News Farma, o Dr. Pedro Moutinho Ribeiro adiantou as vantagens terapêuticas da ecoendoscopia no cancro do pâncreas, assim como os mecanismos que o tornam uma neoplasia de difícil tratamento. Veja o depoimento em vídeo.
Mulher 76 anos, com antecedentes de linfoma gástrico há 30 anos submetida a gastrectomia parcial e hepatite a vírus B sob Tenofovir 245mg/dia (carga viral persistentemente baixa mas detetável e AgHBe+/anti-HBe-).
A ecoendoscopia e a punção-biópsia aspirativa com agulha fina (EUS-FNA) permitem complementar a investigação de lesões pancreáticas de forma segura e minimamente invasiva. Os hematomas intramurais do duodeno são raros e geralmente associados a trauma abdominal. Os autores relatam o primeiro caso e iconografia de um hematoma duodenal intramural após ecoendoscopia diagnóstica. Homem de 65 anos em seguimento na consulta de Gastroenterologia por lesão sólida da cabeça do pâncreas de difícil caracterização no contexto de uma pancreatite crónica idiopática. Sem outros antecedentes ou medicação habitual relevante.
Os quistos pancreáticos (QP) são achados imagiológicos frequentes que podem ser malignos, pré-malignos (ou mucinosos) ou benignos, com indicação cirúrgica, para vigilância ou alta, respetivamente. A Ecoendoscopia com punção (EUS-FNA) de líquido quístico (LQ), para citologia e análise do biomarcador CEA, é standard no diagnóstico. Objetivos: Determinar se o doseamento de glicose (glicosímetro) em LQ obtido por EUS-FNA é fidedigno, como o CEA, no diagnóstico de QP; e se é facilmente exequível na sala de EUS-FNA. Metododologia: Após comprovação da acuidade de glicose (LQ congelado,-80o), comparando com CEA (rotina clínica), implementou-se um protocolo. Enumeram-se as competências do enfermeiro para EUSFNA e doseamento da glicose (mg/dL) na sala com glicosímetro.
A definição da melhor estratégia nos doentes com PCLs nem sempre é possível com base nos achados dos exames de imagem e na análise do líquido do cisto. A utilização de novos acessórios como a micro-pinça cujo uso apresentamos, poderão permitir uma melhor estratificação do risco e poupar os doentes a procedimentos de vigilância e cirurgias pancreáticas que continuam a acarretar uma elevada morbilidade.
A drenagem biliar guiada por ecoendoscopia é uma alternativa à cirurgia e à drenagem percutânea, quando a CPRE falha. A hepatogastrostomia guiada por ecoendoscopia está indicada em situações específicas, como obstrução gástrica, invasão duodenal, alteração anatómica e obstrução biliar proximal. Com este caso, demonstra-se o sucesso técnico da drenagem biliar guiada por ecoendoscopia na paliação da icterícia.
A drenagem biliar guiada por ecoendoscopia é uma alternativa à cirurgia e à drenagem percutânea, quando a CPRE falha. Em procedimentos paliativos, a drenagem biliar interna apresenta vantagens face à percutânea. A colecistogastrostomia foi a opção possível por ser impraticável a realização de colecoduodenostomia ou hepatogastrostomia. Para a realização desta técnica é mandatória a patência do canal cístico, de forma a assegurar uma drenagem biliar adequada.
A CPRE com a colocação de prótese é uma técnica minimamente invasiva de 1ª linha para o tratamento de obstruções biliares. Apesar da sua elevada segurança e eficácia, existem doentes em que esta não é possível, mesmo quando realizada por endoscopistas com experiência em CPRE. A maioria destes casos está relacionada com tumores que invadem o duodeno, não permitindo o acesso do duodenoscópio à 2ª porção duodenal ou o reconhecimento da papila major. Nestas situações as drenagens biliares por ecoendoscopia, são uma opção válida em centros com endoscopistas experientes em CPRE/ ecoendoscopia e recursos materiais e humanos adequados. Neste vídeo pretendemos ilustrar 3 variantes desta técnica (coledocoduodenostomia, hepatogastrostomia, prótese anterógrada transpapilar), cuja experiência a nível mundial é ainda limitada, dado o elevado nível de dificuldade associado.
A formação de estenoses anastomóticas é uma complicação frequente da cirurgia colorretal. A obstrução completa do lumen é uma ocorrência rara, obrigando frequentemente a reintervenção cirúrgica por impossibilidade de passagem de sistemas de dilatação endoscópica e próteses convencionais. Casos esporádicos de repermeabilização de estenoses completas guiada por ecoendoscopia com recurso a LAMS têm sido reportados na literatura. O presente caso ilustra a eficácia terapêutica desta abordagem minimamente invasiva, bem como a sua aplicabilidade na prática clínica corrente.
De acordo com a literatura, o presente caso é o 1º com a presença concomitante de 2 lesões no colon. O diagnóstico desta entidade é desafiante e a ecoendoscopia com minissonda tem um papel fundamental no seu correto diagnóstico e abordagem, podendo prevenir a cirurgia em doentes assintomáticos e com lesões <2 cm. Reportamos este caso pela sua raridade e iconografia disponível (endoscópica, ecoendoscópica e anatomopatológica), salientando-se o papel da ecoendoscopia do cólon na abordagem diagnóstica e terapêutica desta entidade.