Em até 30% dos casos de pancreatite aguda (PA), a avaliação etiológica inicial recomendada pelas guidelines internacionais (avaliação clínica, laboratorial e imagiológica, incluindo ecografia e TC) não permite determinar a causa subjacente. A identificação precisa da sua etiologia tem importantes implicações terapêuticas e pode prevenir a sua recorrência. Este estudo teve como objetivo avaliar o papel da ecoendoscopia (EUS) na PA de causa indeterminada (PACI).
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é o exame gold-standard para o diagnóstico e tratamento da coledocolitíase. Contudo, nos doentes com probabilidade intermédia (10-50%) para a presença de cálculos na via biliar principal (VBP), a primeira abordagem deverá ser menos invasiva, com o recurso à ecoendoscopia (EUS) ou à colangiopancreatografia por ressonância magnética. Neste trabalho os autores pretenderam avaliar o impacto da EUS na seleção dos doentes para CPRE.
A abordagem dos doentes com suspeita de coledocolitíase, de acordo com as recomendações da Sociedade Americana de Endoscopia Digestiva (ASGE), depende da probabilidade de existirem cálculos na via biliar, baseada em critérios clínicos, estando indicada a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) nos doentes com probabilidade elevada.
Pretende-se avaliar o benefício da ecoendoscopia na suspeita de coledocolitíase, e o impacto da sua realização previamente à CPRE, não só nos doentes com probabilidade intermédia, mas também naqueles com probabilidade elevada.
A ecoendoscopia (EE) é fundamental na avaliação das lesões subepiteliais (LSE). Isoladamente, as características ecoendoscópicas são insuficientes para o diagnóstico diferencial. Nas lesões duvidosas ou potencialmente malignas importa obter diagnóstico histológico (DxH).
Estudos divergem quanto à acuidade diagnóstica da ecoendoscopia com punção aspirativa por agulha fina (PAAF) dos quistos pancreáticos (QP) (33-77%). Fatores que influenciam um diagnóstico citológico positivo não estão claramente definidos.
A ecografia abdominal é um procedimento de imagem com baixa sensibilidade para detectar coledocolitíase. Contudo, tem maior acuidade para identificar dilatação da via biliar principal (VBP) e, neste caso, acrescenta alguma sensibilidade ao diagnóstico de coledocolitíase. A ecoendoscopia (EE), pela sua capacidade de alta resolução, tem contribuído para esclarecer esta potencial relação entre a dilatação da VBP e a presença de litíase endoluminal, independentemente das dimensões do colédoco e dos cálculos.
A Ecoendoscopia (EE), com ou sem punção aspirativa por agulha fina (PAAF), tem emergido como ferramenta útil e minimamente invasiva na avaliação de massas do mediastino. O objetivo do trabalho é avaliar a capacidade diagnóstica e a segurança da EE na abordagem destas lesões.
As metástases pancreáticas correspondem a apenas 2-5% de todas as neoplasias primárias do pâncreas. De todas as neoplasias com potencial de metastização pancreática, o carcinoma de células renais apresenta especial predisposição. Em 40-50% dos doentes, a doença metastática disseminada é diagnosticada após nefrectomia, maioritariamente nos primeiros 3 anos após a cirurgia. Os métodos de diagnóstico de imagem, nomeadamente a TC abdominal, apresentam baixa acuidade para o diagnóstico diferencial entre metástases e neoplasias primárias do pâncreas.
As lesões subepiteliais (LSE) do tracto digestivo alto são achados frequentes e incluem um conjunto de diferentes entidades. A ecoendoscopia é considerada o melhor método de imagem para o diagnóstico destas lesões.
Recentemente, implementámos um protocolo local para abordagem das lesões subepiteliais gastrointestinais (LSE) por ecoendoscopia (EE), no sentido de diminuir o número de exames para vigilância destas lesões.