A drenagem transbulbar da via biliar principal com o ecoendoscópio linear é um método seguro e eficaz na drenagem das vias biliares na paliação de doentes com estenoses malignas da via biliar principal em que não se consegue canulação profunda da via biliar principal por CPRE.
A punção aspirativa por agulha fina guiada por ecoendoscopia (EUS-FNA) é considerada o método de primeira linha no diagnóstico de lesões sólidas do pâncreas. O nosso objetivo foi avaliar a acuidade diagnóstica da EUS-FNA nas lesões sólidas do pâncreas.
Apesar da sua baixa incidência na população geral, o cancro pancreático é uma das principais causas de morte por cancro. Os quistos pancreáticos são cada vez mais diagnosticados incidentalmente sendo que, alguns deles, podem progredir para cancro pancreático.
Os tumores neuroendócrinos pancreáticos (PNETs) constituem um grupo raro de neoplasias, com uma incidência de aproximadamente 0.43 em 100000 habitantes, correspondendo a cerca de 1-2% das neoplasias do pâncreas. Conceptualmente, subdividem-se em PNETs funcionantes e não funcionantes. Neste estudo retrospectivo unicêntrico, foram avaliados aspetos de relevo da abordagem diagnóstica/terapêutica, características clínicas e patológicas dos tumores bem como a sobrevida global e livre de doença.
A punção guiada por ecoendoscopia é o procedimento de eleição para a obtenção de tecido para análise cito-histológica em lesões pancreáticas. Nos tumores neuroendócrinos pancreáticos (TNE-P) a obtenção de material que permita uma análise anatomopatológica completa é essencial para a sua adequada caracterização. No entanto, os factores que o possibilitam não são claros, nomeadamente a vantagem da punção com agulha fina aspirativa (FNA) versus agulha fina de biopsia (FNB).
A acuidade diagnóstica da ecoendoscopia na avaliação de lesões pancreáticas sólidas é muito variável e não é incomum a obtenção de material inconclusivo para o diagnóstico. Não existe consenso sobre o melhor método de diagnóstico após realização de punção aspirativa por agulha afina (PAAF) inconclusiva ou negativa para células malignas quando a suspeita de neoplasia é elevada. O objetivo deste estudo foi avaliar quais os métodos utilizados e fatores preditores de malignidade após PAAF inconclusiva ou negativa para células malignas.
A ecoendoscopia(EUS) está indicada na investigação etiológica da pancreatite aguda idiopática(PAI), apresentando taxas variáveis na identificação da etiologia, de 40 a 79%, de acordo com as séries publicadas. Contudo, apenas 20-50% dos doentes desenvolvem sintomas recorrentes e pode ser difícil estabelecer relação causal entre alguns achados anormais da EUS e o episódio de pancreatite aguda.
Cerca de 5% das pancreatites agudas (PA) são causadas por neoplasia do pâncreas, podendo preceder o seu diagnóstico em semanas ou meses. Este é habitualmente estabelecido por TC, recomendada em todos os casos de PA de causa não esclarecida após os 40 anos. Foi objectivo do presente estudo analisar a prevalência de neoplasia pancreática e/ou vias biliares em doentes com PA.
A citologia com escova é realizada de forma sistemática durante a CPRE na avaliação de estenoses da via biliar(VB), contudo apresenta baixa sensibilidade para a deteção de neoplasia. O objetivo deste estudo foi verificar se a realização de biópsias da VB aumenta a taxa de deteção de estenoses malignas.
A canulação seletiva da via biliar é um pre-requisito essencial na CPRE biliar terapêutica. Alguns autores sugerem que a dificuldade da canulação biliar e o uso de técnicas de recurso (Tr) podem ser condicionadas, entre outros fatores, pela morfologia da papila.A canulação seletiva da via biliar é um pre-requisito essencial na CPRE biliar terapêutica. Alguns autores sugerem que a dificuldade da canulação biliar e o uso de técnicas de recurso (Tr) podem ser condicionadas, entre outros fatores, pela morfologia da papila.Pretendemos avaliar se o tempo de canulação biliar, a existência de uma canulação difícil e uso de técnicas de recurso de acesso é influenciado pela morfologia da papila.