A doença de Behçet (DB) e a doença de Crohn (DC) são duas doenças inflamatórias crónicas, imunomediadas, com envolvimento multiorgânico. O diagnóstico diferencial entre as duas entidades pode ser desafiante. Na DB, as manifestações gastrointestinais ocorrem em 10 a 15% dos casos e estão associadas a elevadas taxas de morbilidade e mortalidade. O envolvimento ileocecal é a localização mais comum, embora possa acometer qualquer segmento intestinal. O diagnóstico é baseado em aspectos clínicos, não existindo, até à data, testes laboratoriais, imagiológicos ou histológicos patognomónicos.
A colocação bilateral de 2 próteses metálicas nos colangiocarcinomas hilares pode ser difícil e morosa tendo contudo a vantagem do menor número de reintervenções e maior qualidade de vida. Esta é a primeira descrição em Portugal do novo sistema de introdutor de 5Fr (mais fino que os existentes de 5.9 e 6.0Fr) que permite uma colocação rápida e fácil das 2 próteses. Apresenta-se documentação iconográfica.
A hipertensão portal (HTP) idiopática é uma condição rara, mas claramente subdiagnosticada, caracterizada por HTP na ausência de cirrose.
A litotrícia electrohidráulica guiada por pancreatoscopia, quando associada à endoterapia intensiva, é uma técnica segura e eficaz na resolução de obstruções condicionadas por cálculos intraductais e na melhoria clínica. Pode ser utilizada em associação à litotrícia extra-corporal ou isolada permitindo a resolução de problemas complexos apenas com recurso à endoterapia. NOTA: iconografia completa (imagens TC, CPRE e VÍDEO de pancreatoscopia com litotrícia).
A DC duodenal é uma entidade clínica que ocorre em cerca de 0.5-4% dos doentes com DC. Complicações secundárias por fenómenos de distorção no ducto pancreático e VBP foram descritas raramente.
Em 2016, um artigo de revisão sobre adenomas biliares da árvore biliar extra-hepática, reporta apenas 25 casos na literatura. Em nenhum caso a apresentação ocorreu sob a forma de pancreatite aguda. Para além da raridade da patologia, o caso demonstra a necessidade de considerar outros diagnósticos, para além do cálculo impactado, quando se observa uma papila tumefacta em CPRE, especialmente quando na ecoendoscopia se observa uma imagem no interior da VBP sem cone de sombra.
A pancreatite autoimune (PAI) é uma entidade rara, de etiopatogenia pouco conhecida e cujo diagnóstico implica a integração de dados clínicos, serológicos, imagiológicos e histológicos. Descrevem-se duas formas de PAI: tipo 1, pertencente ao espetro das doenças associadas à IgG4, e a tipo 2, mais rara, que se associa frequentemente ao diagnóstico pré-existente de doença inflamatória intestinal.
O presente caso é exemplificativo dos desafios no tratamento da doença inflamatória intestinal (DII) com biológicos, e das limitações dos rastreios de TB latente. Acresce em complexidade o facto de ter havido encerramento da fístula enterocutânea após tratamento com tuberculostáticos, tornado a distinção entre complicações de DII e TB difícil.
A pancreatite aguda (PA) é uma das principais causas de hospitalização nos serviços de Gastrenterologia. Contudo, a sua história natural é diversa, e deve ser avaliada a nível regional. O presente estudo tem por objetivo avaliar a evolução dos doentes admitidos por PA num Serviço de Gastrenterologia dum Hospital Terciário.
Relatamos este caso com iconografia ilustrativa, para demonstrar a importância do acesso pouco habitual à via biliar principal por fistulotomia na resolução de obstrução condicionada por estenose cerrada da porção terminal da via biliar principal pelo ampuloma.