Apresenta-se iconografia ilustrativa (vídeos/fotos) do EndoVE, técnica endoscópica inovadora na terapêutica de melanoma ano-rectal e, com potencialidade futura na abordagem de outros tumores do tubo digestivo.
A dissecção endoscópica da submucosa (DES) é atualmente reconhecida como tratamento de eleição para a ressecção de lesões pré-malignas e malignas precoces gástricas. Contudo, quando as lesões atingem o piloro, o procedimento poder-se-á tornar tecnicamente mais difícil com piores resultados clínicos, sobretudo se as lesões forem grandes, atingirem mais de 50% do piloro ou apresentem predomínio de expressão duodenal. Por isso mesmo, as lesões com atingimento do piloro são consideradas uma das localizações gástricas mais difíceis para executar ressecções por DES.
Nos últimos anos, maioritariamente nos países orientais, técnicas de ressecção endoscópica minimamente invasiva tornaram-se cada vez mais popular para ressecção de lesões subepiteliais gástricas com origem na muscular própria, em casos bem selecionadas. Ainda que a maioria das lesões subepiteliais gástricas sejam achados incidentais, muitas delas de natureza benigna, estas quando sintomáticas têm indicação para excisão.
Recentemente observou-se à difusão mundial da miotomia endoscópica peroral (POEM) no tratamento da acalásia com resultados entusiasmantes. Na técnica descrita por Inoue et al., a utilização de faca sem capacidade de injecção (Triangle Knife) obriga à troca sucessiva de utensílios durante a criação do túnel para injecção de solução na submucosa sendo time consuming. Facas com capacidade de injecção (Hybrid Knife) parecem abreviar o tempo de execução do procedimento, contudo estas são dispendiosas e nem sempre disponíveis. Os autores mostram a execução de POEM com utilização de bomba de água durante a criação do túnel na submucosa (water jet assisted).
A técnica de dissecção endoscópica da submucosa (DES) permite a excisão de lesões em bloco, independentemente do tamanho, garantindo desta forma uma adequada avaliação histológica da peça excisada, mesmo em lesões de grandes dimensões. No reto, onde as opções cirúrgicas estão associadas a maior morbilidade, este especto ganha particular importância. Ainda que descrito em alguns relatos de caso e séries orientais, a excisão em bloco de lesões colo-retais gigantes, circunferenciais, é rara.
Neste vídeo apresentamos uma doente com um cesto de litotrícia impactado, sem possibilidade de LE, por ruptura dos fios metálicos durante a LMec. Para a resolução do caso recorremos a um tratamento endoscópico inovador - litotrícia com laser Holmium assistida por colangioscopia, sendo este o 1º caso descrito na literatura. Este caso alerta ainda para a possibilidade da ocorrência de complicações muito raras e complexas, mesmo seguindo estratégias "state-of-the-art" e dispondo de técnicas avançadas convencionais.
Os paragangiomas gangliocíticos duodenais são tumores extremamente raros que tipicamente surgem na proximidade da ampola de Vater, sendo frequentemente achados acidentais. Raramente é possível estabelecer um diagnóstico pré-excisional, tendo a ecoendoscopia um papel relevante no diagnóstico diferencial destas lesões pouco caracterizadas na literatura. A eficaz excisão endoscópica destas lesões foi raramente descrita na literatura (limitada a alguns case reports) contudo, dado o baixo potencial maligno, na ausência de metastização ganglionar e se tecnicamente exequível, esta poderá ser a abordagem preferencial.
Os autores pretendem realçar a raridade deste diagnóstico especialmente sob monoterapia com azatioprina e a dificuldade diagnóstica num caso que se apresentou com sépsis de origem intra-abdominal.
Apresenta-se um caso de LDGCB primário esplénico com apresentação pouco habitual - pancreatite aguda por infiltração linfomatosa pancreática. No diagnóstico diferencial de pancreatite aguda, especialmente se massa esplénica e LDH elevada, deverá ser incluída a hipótese de linfoma com envolvimento esplénico, dado que a abordagem terapêutica dirigida à redução tumoral por quimioterapia é usualmente efetiva, mesmo em casos de irressecabilidade cirúrgica.
Na sequência da vigilância esofágica endoscópica detectou-se em 08/11/2016 lesão polipóide cujo exame histológico confirmou tratar-se de carcinoma verrucoso. Dados os riscos associados á mucosectomia, está proposta esofagectomia total com interposição de colon e realização de neoesfíncter. Esta abordagem pode melhorar, eventualmente, as queixas laríngeas que limitam significativamente a qualidade de vida da doente, que posteriormente reportaremos .