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TRANSPLANTE DE FÍGADO AUXILIAR – UMA ALTERNATIVA PROMISSORA NA FALÊNCIA HEPÁTICA AGUDA
David Perdigoto1; Luís Tomé1,2; José Ferrão2; Dulce Diogo2; Ricardo Martins2; Pedro Oliveira2; Guilherme Tralhão2; Nuno Silva2; Susana Calretas2; Emanuel Furtado2

Apresentam-se estes dois casos, documentados com dados imagiológicos e anatomopatológicos, pelo facto de evidenciarem um modelo de tratamento tão evoluído como exigente que permite oferecer uma perspectiva de vida futura isenta de imunossupressão ao doente com falência hepática aguda.

HEMOBILIA: COMPLICAÇÃO RARA DE SHUNT PORTO-SISTÉMICO INTRA-HEPÁTICO TRANSJUGULAR
Armando Peixoto; Rosa Coelho; Filipe Vilas-Boas; Susana Rodrigues; Pedro Pereira; Andreia Albuquerque; Rui Morais; Marco Silva; Guilherme Macedo

A hemobilia constitui uma complicação rara (<5%) após colocação de TIPS, sobretudo recobertos. Contudo, após a criação deste shunt e perante evidência de hemorragia digestiva alta a hemobilia deverá ser considerada como diagnóstico diferencial. No presente caso, o caráter intermitente da hemorragia poderá ter impossibilitado a terapêutica endovascular. A utilização da CPRE nestes casos não está padronizada, sendo uma possível ferramenta de recurso, neste caso com sucesso terapêutico.

POLIPOSE GÁSTRICA MACIÇA – DESAFIO DIAGNÓSTICO
J. Castela; G. Esteves; R. Casaca; P. Chaves; C. Albuquerque; I. Claro; A. Dias Pereira

A PJ é uma doença autossómica dominante, com atingimento predominante do cólon, diagnosticada habitualmente <20 anos. O envolvimento gástrico é incomum (<20%), e uma apresentação gástrica maciça ainda o é mais, com menos de 50 casos reportados. Discutir-se-ão a raridade, achados endoscópicos invulgares, correlação clínica-patológica e DG.

SÍNDROME DE ZOLLINGER-ELLISON: CAUSA RARA DE DIARREIA CRÓNICA
Luís Maia; Fernando Castro-Poças; José Manuel Ferreira; Francisca Costa; Manuel Teixeira Gomes; Isabel Pedroto

A síndrome de Zollinger-Ellison é causada por TNE produtores de gastrina, tem uma incidência anual de 1/milhão e o seu diagnóstico requer um elevado grau de suspeição. Os gastrinomas pancreáticos são mais agressivos, apresentando maior probabilidade de metastização ao diagnóstico. O tratamento é dirigido ao controlo sintomático e da progressão tumoral. Apresenta-se o caso pela sua raridade e pelo interesse da discussão dos meios complementares de diagnóstico utilizados e o melhor tratamento para o doente (cirúrgico vs. farmacológico).

VASCULITE LEUCOCITOCLÁSTICA LIMITADA AO CÓLON – COLITE RESPONSIVA A CORTICÓIDES
Jc Silva; Ap Silva; J Silva; A Ponte; J Rodrigues; M Sousa; R Pinho; G Lage; A Furtado; J Carvalho

A vasculite leucocitoclástica é uma vasculite de pequenos vasos associada patologia infeciosa, neoplásica, autoimune e gastrointestinal. No caso apresentado o atingimento de pequenos vasos limitou-se ao cólon não se tendo identificado lesões cutâneas nem atingimento de outros orgãos. Acresce à complexidade do desafio diagnóstico a presença de serologia positiva para Varcella zoster associada a ausência de resposta a antivírico e o risco da imunosupressão num contexto em que não se exclui etiologia infeciosa.

ENTERITE LÚPICA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÉMICO
Patrícia Santos; Samuel Fernandes; Luís Correia; Helena Cortez Pinto; José Velosa

A EL é uma entidade clínica rara, que resulta do envolvimento do tubo digestivo por fenómenos de vasculite de pequenos vasos em doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico (LES). Apesar de ser considerada uma forma de vasculite visceral, raramente é feito o diagnóstico histológico, sendo a TC o exame gold standard. A EL é uma complicação grave do LES, sendo essencial o estabelecimento rápido do diagnóstico e da terapêutica adequada de forma a melhorar o prognóstico.

ISQUÉMIA MESENTÉRICA CRÓNICA COM ACUTE-ON-CHRONIC POR TROMBOSES DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR E DO TRONCO CELÍACO SECUNDÁRIAS A ATEROSCLEROSE DIFUSA PRECOCE ASSOCIADA A LIPOPROTEÍNA (A) ELEVADA EM DOENTE JOVEM
M Gravito-Soares; E Gravito-Soares; P Figueiredo; S Mendes; S Lopes; F Portela; L Tomé

Apresenta-se um caso de IMC com acute-on-chronic de 2 vasos major(TC+AMS) em doente jovem por aterosclerose difusa precoce associada a lipoproteína(a) elevada. Dada a raridade diagnóstica e etiológica, o diagnóstico diferencial de diarreia, perda ponderal e dor abdominal crónicas traduz-se num desafio, especialmente se indícios de pancreatite crónica ou doença inflamatória intestinal. Apresenta-se iconografia endoscópica/imagiológica.

MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAIS DE IMUNODEFICIÊNCIA COMUM VARIÁVEL
Catarina Atalaia-Martins; Pedro Marcos; Sandra Barbeiro; Alexandra Fernandes; Antonieta Santos; Liliana Eliseu; Cláudia Gonçalves; Isabel Cotrim; Maria Fernanda-Cunha; Helena Vasconcelos

Os autores destacam a multiplicidade de manifestações gastrointestinais da IDCV, nomeadamente a giardíase, hiperplasia nodular linfoide, doença sprue-like com atrofia vilositária e DII-like numa doente, supreendentemente, pouco sintomática. Evidencia-se a exuberância dos achados endoscópicos duodenais com apagamento da estrutura vilositária que podem dificultar o diagnóstico diferencial, por exemplo, com doença celíaca. Realça-se ainda a displasia gástrica numa doente cuja patologia de base lhe confere risco aumentado de neoplasia gástrica e discute-se a problemática em torno da vigilância.

ENCEFALOPATIA NEUROGASTROINTESTINAL MITOCONDRIAL (MNGIE) – DESAFIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO
Miguel Moura; Liliane Meireles; Narcisa Fatela; Rui Marinho; Fernando Ramalho; José Velosa

O caso apresentado ilustra o desafio diagnóstico e dificuldade no manejo de uma doença rara, progressiva e potencialmente fatal. A encefalopatia neurogastrointestinal mitocondrial (MNGIE) é uma doença rara, de transmissão autossómica recessiva e de prevalência desconhecida. O tratamento preconizado é de suporte e o prognóstico é reservado. Recentemente foi publicado um caso de sucesso de transplantação hepática no tratamento desta entidade.

ASSOCIAÇÃO RARA DE DUAS DOENÇAS
Sónia Bernardo; Miguel Moura; Ana Rita Gonçalves; Elsa Sousa; Luís Correia; José Velosa

A ESP e a SA são entidades incomuns, com incidência de 0,6-122 e 20casos/milhão/ano. Sendo a SA uma patologia relacionada com imunidade linfocitária Th1 e a ESP a Th2, a associação destas duas entidades é extramente rara (0,7%dos casos de SA).