Após a remoção de cálculos da via biliar (CVB) através da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), 25% dos doentes apresentam coledocolitíase recorrente. Pretendemos identificar factores de risco para coledocolitiase recorrente após remoção completa de CVB por CPRE.
A colocação de gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) em idosos é um prática controversa, sendo escassos os estudos realizados nesta população. Pretendeu-se avaliar a mortalidade após colocação de PEG e determinar fatores que a influenciam.
Homem de 59 anos internado por febre, icterícia, colúria, acolia, anorexia e emagrecimento (>10% peso corporal) com 2 meses de evolução. Tinha antecedentes de carvernoma da porta e colecistectomia laparoscópica por colelitíase há 3 anos (pós operatório complicado de coleção abdominal). À observação salientava-se apenas escleróticas ictéricas. Analiticamente destacava-se hemoglobina de 9.8 g/dL e padrão de colestase hepática (AST 35 U/L, ALT 57 U/L, GGT 820U/L, FA 740U/L, bilirrubina total 2mg/dL), sem elevação de parâmetros inflamatórios.
Os pólipos cólicos são alterações celulares mucosas com características histológicas diversas e potencial de malignidade distinto. Os pólipos de diminutas dimensões (menos de 5mm), são por norma considerados como benignos, sendo a sua prevalência histológica distinta nos vários segmentos cólicos. Pretende-se realizar a caracterização dos pólipos com menos de 5mm quanto à sua localização e tipo histológico.
A Doença Biliopancreática Autoimune (DBPAI) é uma patologia benigna que compreende a Colangiopatia Autoimune (CAI) e a Pancreatite Autoimune (PAI), associadas ou não a IgG4. O diagnóstico é difícil, podendo mimetizar neoplasias e implicando frequentemente a resseção cirúrgica para a sua exclusão.
É fundamental monitorizar os resultados das colonoscopias de rastreio de forma a conhecer a eficácia e eficiência das estratégias de rastreio do carcinoma coloretal (CCR).
O cancro esofágico é diagnosticado em mais de metade dos doentes num estadio avançado, não elegível para ressecção curativa. As próteses metálicas auto-expansíveis (PMAEs) permitem optimização nutricional/funcional para posterior cirurgia ou quimio/radioterapia e paliação sintomática quando doença localmente irresecável.
A endoscopia digestiva alta (EDA) é fundamental para remoção de corpos estranhos esofágicos (CEE) no serviço de urgência. No entanto, é frequente a inexistência dos mesmos aquando da avaliação endoscópica.
Os avanços tecnológicos e a expansão de procedimentos terapêuticos tem modificado exponencialmente o papel da endoscopia digestiva alta (EDA) na prática clínica. A par do aumento da complexidade técnica está, contudo, um potencial acréscimo de complicações associadas, nomeadamente perfurações.
A patogénese da DPRA é desconhecida, admitindo-se, no entanto, que o prurido possa ser o factor desencadeante major através de microtraumatismos cutâneos causados pela coceira em doentes com susceptibilidade genética. A associação de patologia hepatobiliar colestática e DPRA tem raríssimas descrições na literatura. Deste modo os autores consideram que o caso acima apresentado representa uma forma raríssima de expressão clínica inaugural de colestase extra-hepática.