Metastização do carcinoma hepatocelular para o seio esfenoidal com invasão do seio cavernoso constitui uma situação extremamente rara havendo apenas 5 casos descritos na literatura. Não obstante é uma hipótese diagnóstica que deve ser considerada perante aparecimento de determinadas alterações neurológicas.
A fasciolíase hepática (FH) é uma infeção causada pelo tremátodo Fasciola hepatica, e é uma das causas mais raras de abcesso hepático. A doença caracteriza-se pelo tropismo hepatobiliar, sendo o seu espectro clínico variável desde as formas assintomáticas até formas graves da doença.
O tempo de terapêutica preconizado com Sofosbuvir e ledipasvir no genótipo 1 na cirrose hepática, sem fatores ditos de mau prognóstico, é de 24 semanas sem ribavirina ou 12 semanas com ribavirina.
A síndrome de Dubin-Johnson (SDJ) é uma doença hereditária, autossómica recessiva rara, que se manifesta por hiperbilirrubinemia isolada, predominantemente conjugada. Esta síndrome resulta da alteração da expressão da proteína transportadora MRP2 da membrana canalicular dos hepatócitos, resultando na redução da excreção da bilirrubina conjugada para os canalículos biliares.
Encefalopatia hepática cursa com elevação da concentração de glutamina intra-cerebral, com consequente aumento da permeabilidade hemato-encefálica. As alterações imagiológicas caracterizam-se por edema cortical e da substância cinzenta subcortical e evolução para atrofia cerebral. Com valores de amoniémia elevados(>1000), o quadro mimetiza a encefalopatia anóxica, caracterizando-se imagiologicamente por necrose cortical laminar, tendo prognóstico reservado. Apesar de não se verificarem níveis desta magnitude de amónia, a evolução clínica e as alterações imagiológicas favoreceram esta hipótese diagnóstica neste caso. Não existem casos relacionados com novos fármacos da hepatite C.
A peritonite bacteriana espontânea é uma complicação comum da cirrose hepática. Os principais agentes etiológicos são agentes Gram negativos, como a E.coli. e Klebsiella pneumonia. A PBE por Lysteria monocitogenes é uma entidade muito rara, com cerca de 50 casos descritos na literatura. Os clínicos devem estar atentos aos patogénicos mais raros, principalmente quando os doentes não apresentam uma resposta adequada à terapêutica instituída.
O vírus Epstein-Barr (EBV) é responsável pela mononucleose infeciosa (MI), cuja infeção atinge mais de 90% da população. A primoinfeção pode ocorrer em qualquer idade. Em crianças é geralmente subclínica porém é sintomática em adolescentes ou jovens adultos. A presença de icterícia é observada em apenas 5% dos casos.
A metastização cardíaca de hepatocarcinoma é pouco comum, e habitualmente resulta de invasão directa por parte do tumor, sendo particularmente raro o envolvimento isolado do ventrículo direito. A maioria dos doentes é diagnosticado na presença de sintomas, nomeadamente tromboembolismo e obstrução do tracto de saída, o que reforça a particularidade deste caso de diagnóstico fortuito. Na ausência de distúrbios da função cardíaca a terapêutica com sorafenib parece não ser contraindicação, tal como sugerido neste caso.
A paracentese evacuadora consiste na remoção de líquido ascítico, acumulado na cavidade peritoneal, através da punção da parede abdominal. O uso crescente de dispositivos médicos poderá condicionar a ocorrência de vias iatrogénicas de drenagem do líquido ascítico, com morbimortalidade não desprezível.
As próteses metálicas auto-expansíveis totalmente cobertas (PMAEC) têm um papel importante conhecido nas estenoses biliares benignas (EBB). A sua utilização tem vindo a ser preconizada noutras indicações, nomeadamente, controlo de complicações da CPRE como a hemorragia papilar iatrogénica (HPI), as disseções da parede duodenal e perfurações peri-papilares (DD/PPP) bem como o encerramento de fugas biliares pós-cirúrgicas (FBPC) e a drenagem de estenoses biliares malignas (EBM).