Endoscopic submucosal dissection (ESD) is a standard treatment for gastric superficial lesions. Additional gastrectomy with lymph node (LN) dissection should be considered for patients with non-curative resections, owing to the risk of residual cancer (RC) and LN metastasis (LNM). Nevertheless, in clinical practice, few patients are found to have RC or LNM after additional surgery. Therefore, we aim to evaluate clinical outcomes of patients who underwent non-curative gastric ESD in our center.
A alteração da função do esfíncter esofágico inferior (EEI) é um dos principais mecanismos da patogénese da doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE). Apesar da sua relevância patofisiológica, o estudo da contratilidade integrada da junção esófago-gástrica (CI-JEG) ainda não está totalmente definido. O objetivo deste estudo foi avaliar a importância da CI-JEG em doentes com DRGE.
Reportamos o caso de uma mulher com 42 anos e antecedentes de Colite Ulcerosa esquerda (E2 da Classificação de Montreal), sob 3g/diárias de messalazina como terapêutica de manutenção, apresentando agudizações esporádicas controladas com messalazina tópica e incremento da dose oral para 4.5g. Em julho de 2018, o aparecimento de uma lesão cutânea persistente, circunscrita e superficial, associada a dor e rubor, na região gemelar da perna esquerda, motivou o diagnóstico de pioderma gangrenoso, tendo sido iniciada prednisolona 60mg/diários. Em outubro de 2018, a resolução incompleta da lesão sob corticoterapia, levou à primeira dose de indução com infliximab (10mg/kg/dia). A resposta ao infliximab foi insatisfatória e o fármaco foi suspenso em fevereiro de 2019, com alteração para adalimumab e prednisolona oral concomitante. No início de maio de 2019, a doente foi hospitalizada por pioderma gangrenoso refratário associado a superinfeção bacteriana, com invasão profunda dos tecidos moles e visualização externa da camada muscular e tendinosa com comprometimento da capacidade de dorsiflexão do pé esquerdo. As análises laboratoriais apenas reportaram leucocitose ligeira. No exsudado mucopurulento foi isolada Pseudomonas aeruginosa sensível a meropenem. A doente cumpriu 11 dias de meropenem, 4 dias de hidrocortisona 400mg/dia com desmame para prednisolona 60mg/dia, mantendo administrção de adalimumab. Foi aplicado diariamente penso com pressão negativa, sendo também iniciado um plano de fisioterapia de reabilitação. Apesar do desaparecimento do exsudado mucopurulento e dos sinais inflamatórios locais, o pioderma não foi resolvido, com persistência da exposição de camadas mais profundas. Foi proposta oxigenoterapia em câmara hiperbárica concomitantemente com adalimumab semanal e messalazina 3g/diários. Foram completadas 60 sessões de câmara hiperbárica nas quais o pioderma gangrenoso entrou em remissão completa com encerramento de ferida. A função motora do pé esquerdo foi completamente recuperada. Nos 3 meses de seguimento subsequentes, não houve recorrência do pioderma gangrenoso e a colite ulcerosa permaneceu quiescente.
Os pólipos malignos (PM) contêm adenocarcinoma até à submucosa. A decisão (vigilância vs cirurgia) após resseção endoscópica (RE) permanece um desafio dado o risco de tumor residual.
Os pólipos serreados são de difícil deteção e existem alguns estudos que sugerem haver uma associação com os adenomas. O objetivo deste trabalho pretende avaliar o comportamento dos pólipos serreados, seus fatores preditores e, eventual, associação com adenomas.
A obstrução da junção esófago-gástrica (OJEG) é um distúrbio da motilidade esofágica definido recentemente nos critérios de Chicago (versão 3.0) pela ausência de relaxamento do esfíncter esofágico inferior e peristalse esofágica preservada. No entanto, a abordagem terapêutica desta entidade não está totalmente definida. Assim, o objetivo deste trabalho foi descrever a experiência de dois centros de referenciação terciária quanto aos resultados terapêuticos da OJEG idiopática.
O tubo digestivo encontra-se envolvido em aproximadamente 7% dos casos de amiloidose sistémica. Pode afectar diferentes segmentos do tubo digestivo e manifesta-se habitualmente com diarreia, perda de peso, obstipação, náuseas, saciedade precoce ou dor abdominal. Pretende-se descrever as características clínicas e patológicas da amiloidose do tubo digestivo.
Apresentamos o caso de um homem de 55 anos, com antecedentes pessoais de hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 e obesidade mórbida, medicado com enalapril/lercanidipina 20/10 mg, metformina 500 mg e olanzapina 10 mg, admitido no serviço de urgência por um quadro de dispneia e dor torácica retroesternal, de início súbito, após realização de refeição copiosa. À admissão apresentava-se obnubilado, hipertenso (TA:178/105 mmHg), taquicárdico (FC 106 bpm) e com sinais claros de dificuldade respiratória, traduzidos por hipoxemia (pO2:53,7 mmHg) e acidose metabólica por hiperlactacidémia (pH:7,30; lactatos 5 mmol/L) na gasimetria arterial. Foram excluídos os diagnósticos de enfarte agudo do miocárdio e tromboembolismo venoso após estudo complementar.
Homem de 47 anos, com doença de Crohn cólica não-estenosante e não penetrante, sob infliximab 5 mg de 8/8 semanas há 4 anos, escalado para 10 mg de 6/6 semanas, por agudização da doença. Iniciou quadro de hiperemia ocular, com início algumas horas após a primeira administração do infliximab na nova posologia, com resolução espontânea numa semana. Negava fotofobia, alteração da acuidade visual ou outra sintomatologia. Perante recidiva do quadro após a administração subsequente, programou-se avaliação oftalmológica após a infusão seguinte, altura em que se objetivou hiperemia ocular, quemose, edema palpebral e proptose do olho direito. Na ecografia ocular observou-se espessamento escleral, sugerindo esclerite posterior, sendo que na RM da órbita, para diagnóstico diferencial da proptose, não se observaram outras alterações. Realizou curso de corticóide sistémico, com rápida melhoria da sintomatologia e resolução da inflamação escleral. Dada a existência de uma relação direta das manifestações com a infusão, assumiu-se reação adversa ao infliximab, tendo-se feito switch para vedolizumab, sem novas manifestações oculares até à data.
Homem de 81 anos, natural de Vila Real, com história pessoal de hipertensão arterial e doença pulmonar obstrutiva crónica e sem história familiar de relevo. Internado por quadro com 2 anos de evolução de diarreia sanguinolenta e perda ponderal (20% peso corporal).