Durante três dias, o Pavilhão Multiusos de Gondomar foi palco da Semana Digestiva 2025, um evento marcado pela partilha de conhecimento e discussão científica. A News Farma acompanhou de perto este encontro da Gastrenterologia em Portugal e mostra-lhe, em vídeo, o ambiente vivido ao longo do congresso.

A patologia do intestino delgado esteve em destaque numa das sessões da Semana Digestiva 2025, onde Marta Salgado, do Hospital de Santo António, elogiou a qualidade das apresentações e o envolvimento do público. “Correu tudo muito bem e os objetivos foram cumpridos”, afirmou.

A segurança do doente esteve no centro da conferência “Tecnologias inovadoras na prevenção da infeção: da luz ultravioleta ao vapor de peróxido de hidrogénio”, que contou com a participação de João Coimbra, diretor de Gastrenterologia da Unidade Local de Saúde de São José.

A sessão “Novidades da endoscopia digestiva em 2025”, apresentada por Susana Lopes, do Hospital de São João, foi marcada pela atualização dos avanços mais recentes em três áreas de grande impacto clínico: obesidade, Oncologia e Hepatologia. “Foi uma sessão extremamente produtiva em termos de conhecimento e partilha”, afirmou a especialista.

Após três dias na cidade de Gondomar, a Semana Digestiva chega ao fim com um balanço “francamente positivo” do congresso. “Sou suspeito, claro, mas o feedback que vamos recebendo nos corredores, por mensagens e emails tem sido muito bom”, garante Fernando Castro Poças, presidente da comissão organizadora do evento. Entre gastrenterologistas, médicos de Medicina Geral e Familiar e enfermeiros, esta edição contou com cerca de 1250 participantes, um "recorde absoluto".

Na sessão “GastroMGF”, integrada na Semana Digestiva 2025, Mariana Rio, médica da USF PortoCentro, destacou a importância da articulação entre a Medicina Geral e Familiar (MGF) e a Gastrenterologia. A especialista sublinhou que momentos como este são essenciais para melhorar a eficiência das referenciações e otimizar os cuidados prestados. “Referenciamos vários utentes para a consulta de Gastrenterologia. Estas sessões ajudam-nos a aperfeiçoar esse processo e a obter melhores resultados para os nossos doentes”, afirma.

A Semana Digestiva finalizou mais uma edição que contou com cerca de 1250 participantes e mais de 60 sessões. Sob o mote “Refletir para evoluir: a Gastrenterologia em movimento”, o evento major da Gastrenterologia nacional juntou especialistas das mais diferentes áreas, numa partilha de conhecimentos, esclarecimento de dúvidas e rumo à inovação na área. Fique a par de alguns dos principais momentos que marcaram o evento e percorra a galeria de imagens.

Numa sessão inteiramente dedicada à inovação na Neurogastrenterologia, Teresa Freitas, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, destaca a relevância das três intervenções apresentadas, considerando-as “muito interessantes e importantes para o futuro do tratamento dos nossos doentes”.

Fernanda Maçoas, da Unidade Local de Saúde do Baixo Vouga (Aveiro), participou na sessão dedicada à “Endoscopia Verde”, destacando a sua relevância não apenas para a Gastrenterologia, mas para todo o sistema de saúde. “É fundamental que todos os organismos se consciencializem dos problemas e identifiquem áreas de intervenção. Esta sessão foi exatamente isso: um momento de reflexão sobre os desafios e caminhos possíveis”, sublinha.

Pedro Moutinho Ribeiro, do Hospital de São João e professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, presidiu uma sessão dedicada à ecoendoscopia, promovida pelo Grupo Português de Ultrassons (Grupo US), centrada em casos complexos e fora do habitual. “A ecoendoscopia nem sempre é tão linear”, afirma, destacando o foco em técnicas avançadas e situações clínicas inesperadas.