Tem sido demonstrada a utilidade da colangioscopia por operador único com sistema de visualização direta SpyGlass® no diagnóstico de estenoses biliares indeterminadas, diferenciando lesões benignas de malignas, e no tratamento da litíase biliar complexa. O objectivo deste estudo foi avaliar a taxa de sucesso técnico, o desempenho diagnóstico e terapêutico, o impacto na abordagem do doente e as complicações associadas a este procedimento.
A EASL-CLIF Consortium validou 2 modelos prognósticos para prever mortalidade na Doença Hepática Crónica (DHC) descompensada, de acordo com a presença ou ausência de acute-on-chronic liver failure (ACLF), respectivamente o CLIF-C ACLF e o CLIF-C acute decompensation (AD). Propomos comparar a acuidade destes modelos, com alguns dos modelos previamente validados (Child-Pugh, MELD, iMELD, Refit-MELD, MELD-Na, MESO e Refit-MELD-Na) na predição à admissão da mortalidade aos 30 e aos 90 dias em doentes com DHC descompensada.
A actividade sexual é uma componente fundamental das relações humanas, com impacto na qualidade de vida. Apesar da sua relevância, raramente é avaliada na prática clínica, nomeadamente em pacientes com doença hepática crónica (DHC). O objetivo do trabalho foi avaliar a importância desta temática numa população com doença hepática crónica.
A Doença Hepática Crónica (DHC) é uma importante causa de morbilidade e mortalidade a nível mundial. A utilização da alanina aminotransferase (ALT) e da aspartato aminotransferase (AST) na deteção e monitorização da DHC estão bem estabelecidas. Na ausência de fatores como hábitos alcoólicos ou de infeções virais, a prevalência de Doença Hepática Não Alcoólica e o seu potencial de evolução para DHC têm vindo a ser progressivamente reconhecidos.
A ocorrência de melanoma ano-rectal e adenocarcinoma do cólon síncronos é extremamente rara, havendo 6 casos descritos na literatura.
A pancreatite paraduodenal é uma forma subdiagnosticada de pancreatite crónica / recorrente, caracterizada por inflamação da região da goteira entre a parede duodenal e a cabeça do pâncreas. Este caso é demonstrativo do desafio diagnóstico que esta entidade nos coloca, bem como da validade dos análogos da somatostatina como alternativa à terapêutica endoscópica ou cirúrgica.
Os fenómenos tromboembólicos contituem síndromes paraneoplásicos bem documentados pela capacidade tumoral na indução de um estado de hipercoagulabilidade. A incidência de eventos trombóticos no adenocarcinoma pancreático varia de 17-57%, estando associado a estadios mais avançados da doença e a pior prognóstico.
A pancreatite autoimune (PAI) é uma entidade rara, de etiopatogenia pouco conhecida e cujo diagnóstico implica a integração de dados clínicos, serológicos, imagiológicos e histológicos. A apresentação clínica sob a forma de massa pancreática ocorre em cerca de 85% dos casos, impondo-se o diagnóstico diferencial com a neoplasia pancreática. Descrevem-se duas formas de PAI: tipo 1, pertencente ao espetro das doenças associadas à IgG4, e a tipo 2, mais rara e também designada de pancreatite centro-ductal idiopática.
A agenesia dorsal do pâncreas é uma entidade extremamente rara, havendo menos de 100 casos descritos na literatura. Os doentes com esta malformação congénita apresentam-se frequentemente com quadros de pancreatite aguda ou crónica, diferentes graus de insuficiência pancreática endócrina e menos frequentemente IPE. O caso apresentado relata uma pancreatite aguda que tem como etiologia uma malformação rara. Ainda que, a presença de malformações pancreaticas possa ser considerada como hipotese etiológica, não deve impedir a investigação de etiologias mais frequentes de pancreatite aguda. O conjunto de malformações observadas, agenesia dorsal do pâncreas, útero bicórneo e coxa valga, poderá corresponder a uma síndrome genética ainda não descrita na literatura. A iconografia apresentada é patognomónica.
A hipogamaglobulinemia é uma causa rara de diarreia crónica, podendo-se associar a má-absorção. Mais frequentemente congénita (embora podendo manifestar-se na 3ª-4ª década de vida), a hipogamaglobulinemia pode ser adquirida ou secundária a outras patologias, nomeadamente imunossupressão, síndrome nefrótico, doenças linfoproliferativas e associada a medicamentos.