O surgimento da dissecção endoscópica da submucosa (ESD) tornou possível a ressecção em bloco de lesões neoplásicas localizadas do tracto gastrointestinal (GI), independentemente da dimensão da lesão, com reduzidas taxas de complicações e recorrência. Esta técnica tem evoluído como método preferencial para uma ressecção curativa quando a metastização à distância tem risco negligenciável. No mundo ocidental a experiência nesta técnica tem evoluído de forma rápida, surgindo um número crescente de séries de casos na literatura.
A enteroscopia por cápsula (EC) permite a avaliação do intestino delgado, sendo importante na abordagem da hemorragia digestiva obscura (HDO). Contudo, há escassa literatura sobre a capacidade diagnóstica e impacto terapêutico da EC urgente na HDO manifesta (HDOM) ativa.
O escovado citológico do wirsung (ECW) por colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) pode permitir o diagnóstico histológico de adenocarcinoma pancreático (AP). Contudo, este procedimento não é realizado frequentemente, devido à maior dificuldade em ultrapassar as estenoses pancreáticas, pelo risco de pancreatite pós-procedimento e relatos prévios de sensibilidades inadequadas.
A edição de 2017 da Semana Digestiva vai abordar temas como “Cancro digestivo em Portugal – Big Five”, o “Rastreio do cancro colorretal”, a “Doença de Refluxo”, a “Doença Inflamatória Intestinal”, os “Benefícios de tratar as doenças hepáticas”, a “Hipertensão portal não cirrótica” e a “Imagem em endoscopia digestiva”, entre outros assuntos com relevo para a prática clínica dos gastrenterologistas.
A ingestão de substâncias cáusticas apresenta uma incidência crescente no mundo ocidental, dada a sua disponibilidade e variedade, acarretando um elevado risco de desenvolvimento de estenose esofágica (EE). Propomos (1) determinar factores preditivos para o desenvolvimento de EE (2) avaliar o efeito da antibioticoterapia e corticoterapia na redução do risco.
A enteroscopia por cápsula(EC) é um instrumento fundamental no estudo da anemia ferropénica. Apesar da elevada acuidade diagnóstica, a relevância clínica e o potencial hemorrágico de pontos vermelhos ou erosões da mucosa(lesões P1) permanece incerto. Pretendemos identificar fatores de risco para lesões P1 na EC e descrever a história natural dos doentes com estas lesões.
A ecoendoscopia (EE) é fundamental na avaliação das lesões subepiteliais (LSE). Isoladamente, as características ecoendoscópicas são insuficientes para o diagnóstico diferencial. Nas lesões duvidosas ou potencialmente malignas importa obter diagnóstico histológico (DxH).
As fístulas pancreáticas (FP) podem resultar de cirurgias de ressecção pancreática, trauma pancreático ou pancreatite crónica. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) tem permitido uma resolução mais rápida destas situações, através da realização de esfincterotomia pancreática (EP) e/ou colocação de próteses pancreáticas (PP) com 5 ou 7Fr.
Próteses metálicas auto-expansíveis (PMAEs) são o tratamento de escolha nos cancros esofágicos avançados. A literatura é escassa relativa aos factores de risco predictores da ocorrência de complicações após colocação de PMAEs.
A polipectomia endoscópica do cólon diminui a morbilidade e mortalidade do cancro colo-retal. As suas complicações mais frequentes são a hemorragia e a perfuração. O nosso objetivo foi avaliar a taxa de complicações da polipectomia endoscópica do cólon.