“O aumento do rastreio e do diagnóstico da hepatite C é uma necessidade urgente". O alerta foi dado pela Dr.ª Mónica Sousa, numa sessão dedicada às hepatites, decorrida na Semana Digestiva 2019. Segundo a médica do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, a hepatite C “pode não representar um problema agora, mas será, com toda a certeza, daqui a 10 ou 20 anos”. Em entrevista à News Farma, a especialista sintetizou em vídeo as principais mensagens da sua apresentação.
A enteroscopia por cápsula permite a visualização direta da mucosa, sendo uma ferramenta cada vez mais útil perante a suspeita diagnóstica de doença de Crohn (DC). O objetivo deste estudo foi avaliar a utilidade da enteroscopia por cápsula (EC) no diagnóstico de DC após estudo endoscópico inconclusivo por endoscopia digestiva alta e colonoscopia.
O divertículo de Meckel (DM) é uma anomalia congénita com prevalência de 2% na população. Por ocorrer tão infrequentemente os dados disponíveis relativamente aos exames complementares (EC) de diagnóstico são escassos. O objetivo desta revisão foi aferir a acuidade das técnicas disponíveis.
Os autores apresentam a iconografia detelhada deste caso (na altura do diagnóstico e pós-terapêutica), salientando a raridade do diagnóstico, sobretudo em indivíduos imuno-competentes, e particularidade das imagens.
Pretende-se demonstrar que o diagnóstico de divertículo de Meckel, apesar de difícil de confirmar, deve ser sempre equacionado na hemorragia digestiva obscura mesmo em adultos com outro diagnóstico possível.
A atrofia vilositária em contexto de doença celíaca seronegativa é um desafio diagnóstico, representando um diagnóstico de exclusão com outras condições, com implicações terapêuticas e prognósticas. Apresenta-se iconografia fenotípica, endoscópica e histológica.
O número de indicações para ecoendoscopia (EUS) diagnóstica e/ou de intervenção por patologia vascular tem crescido desde o advento desta técnica. Nos casos de hemorragia digestiva em que a endoscopia convencional não foi suficiente para estabelecer o diagnóstico, a EUS pode dar a resposta. Este trabalho pretende avaliar o papel da EUS nesta indicação, num centro com 7 anos de experiência.
O síndrome de Alagille é uma desordem autossómica dominante com uma prevalência estimada de 1/100 000 nascimentos. Caracteriza-se por escassez de ductos biliares com colestase associada, anormalidades cardiovasculares, esqueléticas, oculares e fácies característica. O diagnóstico baseia-se em critérios clínicos. Nos casos em que o síndrome é suspeito mas em que os critérios diagnósticos não estão presentes, a sequenciação do gene JAG 1 deve ser realizada e pode ser fundamental no diagnóstico.
Estudos recentes indicam que a incidência da doença inflamatória intestinal (DII) está a aumentar globalmente em todos os grupos etários. A gestão da DII em idade geriátrica é um desafio face à raridade, morbilidade e fragilidade inerentes. Os autores pretendem analisar as características clínicas, evolutivas e terapêuticas dos doentes com o diagnóstico de DII depois dos 75 anos.