O atraso no esvaziamento gástrico por disfunção pilórica é uma complicação comum após esofagectomia. A terapêutica médica, dilatação pilórica ou injeção de toxina botulínica são habitualmente eficazes. Este caso refractário colocou desafios na sua abordagem. O G-POEM é uma técnica promissora no tratamento da gastroparésia/disfunção pilórica, com elevada taxa de sucesso clínico e baixa taxa de complicações severas descritas. Do conhecimento dos autores, este é o primeiro caso de perfuração tardia associada a G-POEM. Discute-se a abordagem terapêutica, apresentando-se iconografia e vídeo.
A atrofia vilositária em contexto de doença celíaca seronegativa é um desafio diagnóstico, representando um diagnóstico de exclusão com outras condições, com implicações terapêuticas e prognósticas. Apresenta-se iconografia fenotípica, endoscópica e histológica.
As terapêuticas endoscópicas tradicionalmente usadas na acalásia – dilatação pneumática e toxina botulínica – apresentam eficácia limitada a longo-prazo. Na última década a técnica POEM (Peroral Endoscopic Myotomy) surgiu como uma terapêutica endoscópica alternativa, minimamente invasiva, com resultados promissores em termos de segurança e eficácia nos estudos iniciais. Embora sejam necessários estudos comparativos a longo-prazo entre a miotomia cirúrgica tradicional (de Heller) e a técnica POEM, esta terapêutica endoscópica inovadora encontra-se em clara expansão, com potenciais vantagens relativamente à abordagem laparoscópica e com elevada eficácia aos 10 meses em Centros Europeus e Norte-Americanos de referência.
A infecção por Helicobacter pylori é uma causa importante de dispepsia,úlcera péptica e reconhecida causa de cancro gástrico. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resistência à antibioterapia, eficácia da terapêutica guiada pelo antibiograma, identificar factores associados à resistência aos antibióticos e à falência da terapêutica baseada no antibiograma.
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) impõe quase sempre medicação crónica para o seu tratamento de modo a diminuir o risco de recidiva e possivelmente de cancro colo-rectal. A adesão à terapêutica é, por isso, crucial para o seu sucesso.
O número de indicações para ecoendoscopia (EUS) diagnóstica e/ou de intervenção por patologia vascular tem crescido desde o advento desta técnica. Nos casos de hemorragia digestiva em que a endoscopia convencional não foi suficiente para estabelecer o diagnóstico, a EUS pode dar a resposta. Este trabalho pretende avaliar o papel da EUS nesta indicação, num centro com 7 anos de experiência.