“O aumento do rastreio e do diagnóstico da hepatite C é uma necessidade urgente". O alerta foi dado pela Dr.ª Mónica Sousa, numa sessão dedicada às hepatites, decorrida na Semana Digestiva 2019. Segundo a médica do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, a hepatite C “pode não representar um problema agora, mas será, com toda a certeza, daqui a 10 ou 20 anos”. Em entrevista à News Farma, a especialista sintetizou em vídeo as principais mensagens da sua apresentação.
“Temos que aumentar a consciência do governo, da comunidade médica e população em geral para se manterem interessados na hepatite C", explica a Dr.ª Mónica Sousa, acrescentando que os médicos podem “ser a voz destes doentes”, uma vez que conhecem as "barreiras e desafios" da patologia no contexto português.
Na visão da especialista, estes doentes, quando diagnosticados tardiamente, apresentam "taxas de mortalidade elevada e com muitas complicações associadas, que acabam por ter um custo muito caro" para o sistema de saúde.
Em alternativa, a Dr.ª Mónica Sousa apontou um “rastreio universal” já utilizado em Espanha e França como uma boa opção no rastreamento desta doença e consequente diagnóstico precoce.