O papel da trombose da veia porta (TVP) na história natural da cirrose é controversa. Objetivo: avaliar a segurança e o efeito da anticoagulação na recanalização da TVP e na sobrevida livre de transplante hepático ortotópico (SLT).
Alguns estudos descreveram uma evolução clínica mais estável de pacientes com infeção crónica pelo vírus da hepatite B (VHB) AgHBe negativa (previamente portadores inativos) se quantificação AgHBs<1000 UI/mL. O objectivo deste estudo foi comparar a evolução clínica destes pacientes em função dos níveis de AgHBs.
Os análogos nucleós(t)idos (ANs) constituem a base da terapêutica da hepatite B crónica (HBC). Na HBC AgHBe-negativa foi recentemente recomendada a suspensão de ANs em doentes seleccionados e sem cirrose, contudo ainda não está definido qual o momento ideal para a sua suspensão nem quais os preditores de remissão.
As recomendações da EASL consideram a suspensão da terapêutica antivírica em casos selecionados de hepatite B crónica, sob monitorização rigorosa. Neste estudo, pretendeu-se avaliar a evolução clínica de doentes com hepatite B crónica após suspensão programada da terapêutica.
A colangiopancreatografia retrógada endoscópica (CPRE) é um procedimento tecnicamente exigente, com um risco importante de complicações, algumas das quais graves. O objetivo foi avaliar a prevalência de complicações após a realização de CPRE assim como fatores preditores para a sua ocorrência, num centro de referenciação terciário.
Os quistos do pâncreas (QP) são achados incidentais frequentes com múltiplos diagnósticos possíveis, incluindo os tumores neuroendócrinos pancreáticos (pNETs) quísticos. A Ecoendoscopia com punção (EUS-FNA), de líquido quístico (LQ) para citologia e CEA, é recomendada para diagnóstico. Os pNETs quísticos têm CEA baixo no LQ e apenas a citologia permite o diagnóstico. Objetivo: Avaliar se o nível de enolase neuronal específica (NSE) e cromogranina A (CroA) em LQ obtido por EUS-FNA é útil no diagnóstico dos pNETs.
A definição de características preditivas de histologia avançada (HA) é fundamental na gestão dos casos de BD-IPMN. Para além das recomendações da “American Gastroenterological Association” (AGA), foram recentemente publicadas a revisão das recomendações de Fukuoka (2017) e as recomendações europeias do “European Study Group on Cystic Tumors of the Pancreas” (ESGCTP, 2018).
Não existe nenhuma classificação de papila major utilizada de forma corrente na prática clínica. As raras classificações existentes são pouco utilizadas devido à sua variabilidade e inconsistência. Neste estudo pretendemos apresentar uma nova classificação de papila e avaliar a concordância inter-observador e intra-observador entre experts e não-experts.
A canulação biliar é uma dimensão chave em qualquer programa de treino de CPRE. O desenvolvimento de um modelo simples e reprodutível de predição de canulação biliar poderá permitir desenvolver melhores programas de treino e diminuir potencialmente as complicações, em particular a pancreatite. Não existem models de predição de canulação biliar publicados. Este estudo pretendeu desenvolver um modelo de predição de dificuldade de canulação biliar em CPRE.
Na abordagem das estenoses biliares é importante o estabelecimento de um diagnóstico histopatológico. Por outro lado, nas estenoses malignas a avaliação da sua extensão na árvore biliar pode condicionar o tratamento posterior. A colangioscopia peroral (POC) tem demonstrado ser um método útil no diagnóstico diferencial das estenoses biliares, no entanto o seu papel no estadiamento pré-cirurgico tem sido pouco estudado.