Nos doentes que realizam colonoscopia por suspeita de doença inflamatória intestinal (DII) devem realizar-se biopsias seriadas, mesmo em mucosa sem alterações macroscópicas. Na prática clínica é difícil valorizar as alterações histológicas inespecíficas diagnosticadas em mucosa endoscopicamente normal.
Em qualquer contexto assistencial no Centro de Endoscopia Digestiva (CED) existe o risco potencial de despoletar uma situação de risco de vida ou compromisso de funções vitais a necessitar de tratamento imediato, implicando a transferência do utente para serviços diferenciados.
O recobro é uma valência no Centro de Endoscopia Digestiva, que deve privilegiar profissionais capacitados para a prevenção e deteção precoce de possivéis intercorrências adjacentes dos vários procedimentos, para a promoção da saúde, readaptação funcional, bem como, o bem-estar e auto-cuidado do utente.
Uma preparação inadequada prolonga o tempo de intubação e de retirada do colonoscópio e aumenta o desconforto do doente devido à necessidade de maior insuflação de ar. Verifica-se ainda um maior risco de complicações durante o procedimento, uma diminuição da deteção de lesões, uma necessidade de realização de controlos mais frequentes e consequentemente um aumento dos custos em cuidados de saúde. Para contrariar estes factos é imprescendivel a intervenção do enfermeiro no ensino personalizado para colonoscopia.
As perfurações que ocorrem no reto são raras pela própria anatomia, mas podem ser extremamente graves, devido ao risco elevado de choque, infeção e peritonite.
A dificuldade de avaliação endoscópica do remanescente gástrico em doentes após cirurgia bariátrica constitui uma realidade que preocupa a comunidade médica. No entanto a realização de Endoscopia Digestiva Alta (EDA) pré-operatória em todos os doentes não é ainda consensual, tratando-se de doentes maioritariamente jovens e com baixo risco neoplásico.
Seguindo as recomendações categorizadas segundo os critérios da Sociedade Australiana de Endoscopia Digestiva e da DGS, o Centro de Endoscopia do CHP, instituiu em Setembro de 2012 um "Protocolo de Vigilância de Infecção em Endoscopia". Procede-se assim, a um controlo microbiológico das máquinas de desinfecção, dos duodenoscópios e ecoendoscópios e trimestral dos endoscopios altos e colonoscópios. O equipamento sujeito a controlo só volta a ser utilizado após resultado microbiológico de "estéril".
Doentes com cancro do esófago (CE) apresentam frequentemente quadros obstrutivos esofágicos (com disfagia) ou respiratórios (causando dispneia) e fistulas esófago-respiratórias que podem ser paliados com próteses esofágicas (PE) e/ou respiratórias (PR). Pretende-se avaliar a eficácia, complicações e sobrevivência (SV) de doentes com CE submetidos a paliação dupla com PE e PR.
A hemorragia digestiva alta (HDA) constitui a causa mais frequente de urgência em gastrenterologia. A escolha do tratamento varia de acordo com a etiologia da hemorragia. O Hemospray® é um hemostático sob a forma de pó, que tem demonstrado bons resultados no tratamento da HDA. Apresenta como principais vantagens: fácil aplicação, não necessidade de contacto direto com o tecido e aplicabilidade em vários tipos de lesões com hemorragia ativa.
Os adenomas com displasia de alto grau (A-DAG) constituem lesões avançadas com um risco particular de evolução maligna, pelo que a sua identificação e erradicação é fundamental para a diminuição do cancro colo-rectal (CCR).