Este caso pretende salientar o papel da disseção da submucosa com método de tração na resseção com intuito curativo de uma neoplasia esofágica, em doente com múltiplas comorbilidades. O método de tração poderá conferir maior facilidade e segurança na execução técnica.
A disseção da submucosa (DSM) permite a excisão em bloco de lesões de variadas dimensões e padrões de crescimento, permitindo uma maior taxa de obtenção de margens livres e menor recorrência local. Apesar de a maior dificuldade técnica limitar o seu uso disseminado a nível do cólon, tem-se verificado um número crescente de resultados favoráveis. Pretende-se, com este estudo, avaliar a eficácia das DSM do cólon e recto efetuadas no nosso serviço.
Os resultados a curto e longo-prazo da dissecção endoscópica da submucosa são bem conhecidos, particularmente em séries orientais. No entanto, o prognóstico das ESD não curativas é muito pouco descrito na literatura. O objetivo do nosso estudo foi descrever a nossa experiência acerca das EDSs não curativas, avaliando a presença de lesão residual no seguimento efectuado.
A disseção endoscópica da submucosa é considerada uma técnica preferencial no tratamento de lesões pré-malignas precoces, permitindo a remoção em bloco da lesão e assegurando as margens laterais e vertical livres.
Recentemente observou-se à difusão mundial da miotomia endoscópica peroral (POEM) no tratamento da acalásia com resultados entusiasmantes. Na técnica descrita por Inoue et al., a utilização de faca sem capacidade de injecção (Triangle Knife) obriga à troca sucessiva de utensílios durante a criação do túnel para injecção de solução na submucosa sendo time consuming. Facas com capacidade de injecção (Hybrid Knife) parecem abreviar o tempo de execução do procedimento, contudo estas são dispendiosas e nem sempre disponíveis. Os autores mostram a execução de POEM com utilização de bomba de água durante a criação do túnel na submucosa (water jet assisted).
Várias séries Europeias, incluindo Nacionais, já demonstraram um claro benefício clínico na terapêutica de neoplasias gástricas precoces por técnica de dissecção endoscópica da submucosa (DES). Contudo, os dados referentes à aplicação da técnica em centros Europeus em lesões colo-retais são menores e com resultados menos favoráveis. Os autores pretendem comparar os resultados da técnica de DES na terapêutica de lesões colo-retais face aos restantes segmentos do tubo digestivo, no seu centro hospitalar.
A dissecção endoscópica da submucosa (ESD) foi desenvolvida no Japão para a resecção em bloco de neoplasias gastrointestinais, mas ainda não está disseminada no Ocidente. Com este estudo pretendemos avaliar a eficácia e segurança da ESD gástrica e esofágica no nosso hospital. O end-point primário foi a taxa de resseção em bloco. Os end-points secundários incluíram a taxa de ressecção R0, de ressecção curativa, tempo do procedimento, complicações e taxa de remissão no follow-up.
É aconselhável a biopsia de determinadas lesões do tubo digestivo, antes de serem submetidas a ESD.É aconselhável a biopsia de determinadas lesões do tubo digestivo, antes de serem submetidas a ESD.O objectivo foi avaliar a concordância entre a análise histológica efectuada em biopsias e aquela descrita aquando da avaliação da peça após ESD, em lesões epiteliais do tubo digestivo.
Existem vários dispositivos disponíveis para a realização de dissecção endoscópica da submucosa (ESD). Após a incisão mucosa com facas do tipo “needle-knife”, como a dual-knife, facas com extremidades de cerâmica, como a IT-knife, são muitas vezes preferidas para a dissecção da submucosa pelo suposto menor risco de perfuração. O objectivo foi descrever a experiência do Serviço na ESD onde foi utilizada como única faca de dissecção a dual-knife.
A dissecção endoscópica da submucosa (DES) é uma técnica segura e eficaz para o tratamento de lesões gástricas pré-malignas e malignas precoces na população em geral. Apesar de um risco aumentado de hemorragia, trabalhos recentes têm demostrado segurança e eficácia na aplicação da técnica em doentes com hipertensão portal, principalmente quando comparada com a alternativa cirúrgica, que se associa a uma morbilidade e mortalidade acrescida.