A infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) nos transplantados renais predispõe para a falência do enxerto e progressão de doença renal, aumentando a mortalidade. Aqui o tratamento do VHC confere maior desafio, pela imunossupressão e taxa de filtração glomerular (TFG) oscilante. Os anti-virais de ação direta (AAD) tem eficácia e segurança bem definidas, mas dados na transplantação renal são escassos. O objetivo é demonstrar a eficácia e segurança dos AAD nos doentes com VHC e transplante renal.
O risco de carcinoma hepatocelular (CHC) após eliminação da hepatite C com antivíricos de acção directa (AADs) permanece pouco claro, nomeadamente em indivíduos com cirrose hepática. O objectivo do estudo foi determinar a incidência anual de CHC e factores de risco num coorte de doentes com cirrose hepática, após tratamento com AADs.
A terapêutica com novos antivirais de ação direta (AAD) veio revolucionar o tratamento da hepatite C crónica (VHC). Apesar disso, a resposta virológica sustentada (RVS) é a inferior nos doentes genotipo 3 comparativamente com os restantes genótipos.