Até 1/3 dos doentes com colite aguda severa apresentará resposta insuficiente aos corticoides necessitando de terapêutica de resgate ou cirurgia. O atraso na cirúrgico encontra-se associado a um aumento das complicações pós-operatórias. A endoscopia poderá desempenhar um papel prognóstico importante neste grupo de doentes.
Os tratamentos biológicos constituem importantes fatores do custo no manejo da doença inflamatória intestinal (DII). O infliximab biossimilar (B-IFX) poderá ser uma alternativa viável ao infliximab referência (R-IFX). No entanto, os biossimilares não são fármacos genéricos, e as diferenças no processo de formulação podem potencialmente alterar outcomes finais.
O vedolizumab é um anticorpo monoclonal que inibe selectivamente a adesão vascular e migração de leucócitos a nível do tracto gastrointestinal, através da inibição da integrina α4β7. Está atualmente indicado no tratamento da doença de Crohn e colite ulcerosa moderada a grave. Apresentamos a experiência inicial de tratamento com este fármaco em dois doentes com colite ulcerosa grave não responderes ao anti-TNF.
Existem, atulamente, poucos dados sobre a eficácia e segurança do infliximab biossimilar CT-P13 na prática clínica, nomeadamente na doença de Crohn (DC).
A anemia é uma importante manifestação da doença de Crohn (DC) e advém, maioritariamente, da combinação da deficiência de ferro e da inflamação associada a doença crónica. É mais comum em doentes com atividade clínica, apesar de se poder manifestar na remissão clínica (RC) sustentada.
Os anti-TNF apresentam eficácia comprovada na doença inflamatória intestinal (DII). Contudo, existe uma preocupação crescente em relação ao seu perfil de segurança, pois apresentam potencial para causar reações durante a sua administração, reações cutâneas, infeções, doenças desmielinizantes, reações lupus-like, entre outras.
Apesar de afetar frequentemente jovens em idade reprodutiva, é raro observar-se a primeira apresentação da colite ulcerosa (CU) durante a gravidez. O objetivo deste estudo foi avaliar as caraterísticas e história natural da CU em doentes cuja apresentação da doença ocorreu durante a gravidez e no puerpério.
Estudos recentes indicam que a incidência da doença inflamatória intestinal (DII) está a aumentar globalmente em todos os grupos etários. A gestão da DII em idade geriátrica é um desafio face à raridade, morbilidade e fragilidade inerentes. Os autores pretendem analisar as características clínicas, evolutivas e terapêuticas dos doentes com o diagnóstico de DII depois dos 75 anos.
Estão descritos alguns casos de enteropatia “sprue-like" causada pelo olmesartan, um anti-hipertensor de uso comum, pelo que esta hipótese diagnóstica deve ser aventada. Não obstante, são raros os casos em que se verificou simultaneamente enteropatia, gastrite linfocítica e colite microscópica, com evidência de melhoria histológica após suspensão do fármaco.
As metástases pancreáticas correspondem a apenas 2-5% de todas as neoplasias primárias do pâncreas. De todas as neoplasias com potencial de metastização pancreática, o carcinoma de células renais apresenta especial predisposição. Em 40-50% dos doentes, a doença metastática disseminada é diagnosticada após nefrectomia, maioritariamente nos primeiros 3 anos após a cirurgia. Os métodos de diagnóstico de imagem, nomeadamente a TC abdominal, apresentam baixa acuidade para o diagnóstico diferencial entre metástases e neoplasias primárias do pâncreas.