O transplante de microbiota fecal (TMF) apresenta uma eficácia e segurança reconhecidas na infeção a Clostridium difficile, que conduziu ao estudo da sua aplicação noutras doenças, nomeadamente na doença inflamatória intestinal (DII). Numa meta-análise recente reportou-se remissão clínica em 45% dos doentes submetidos a TMF na DII. No entanto, é importante perceber qual a perspetiva dos doentes, nomeadamente no conhecimento que dispõem do TMF e a sua aceitabilidade.
O transplante de microbiota fecal (TMF) constitui uma opção terapêutica eficaz na infeção a Clostridium difficile (ICD) recorrente, que é atualmente a única indicação aprovada. Contudo, foram já apontadas áreas de potencial interesse para aplicação como a erradicação de microrganismos multirresistentes. A colonização intestinal por Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemases (KPC) tem sido cada vez mais relatada e estima-se que 10% dos doentes desenvolverão infeção. As infeções por KPC estão frequentemente associadas à falência do tratamento sendo a taxa de mortalidade ≥50%. A descolonização intestinal do KPC pode prevenir a transmissão e infeção por este agente.
A infeção por Clostridium difficile (ICD) tem apresentado prevalência, severidade e mortalidade crescentes, verificando-se uma elevada recorrência da infeção após recurso a antibioterapia. Desta forma, o transplante de microbiota fecal (TMF) poderá constituir uma abordagem segura e eficaz na ICD recorrente e refratária. Objetivo: Avaliar a eficácia do TMF no tratamento da ICD recorrente e refratária.
A doença associada ao Clostridium Difficile, é feita pela transmissão fecal-oral através de esporos, esta é uma infeção associada aos cuidados de Saúde, após terapia antimicrobiana.
A doença associada ao Clostridium Difficile, é feita pela transmissão fecal-oral através de esporos, esta é uma infeção associada aos cuidados de Saúde, após terapia antimicrobiana.