Pela sua vasta acessibilidade, rápida disponibilidade e correlação demonstrada com a atividade da doença, a proteína C reativa (PCR) permanece uma ferramenta essencial no manejo da doença de Crohn (DC), nomeadamente na tomada de decisões terapêuticas. No entanto, a correlação com a atividade da DC não é perfeita, tornando-se essencial identificar as características dos doentes que têm simultaneamente doença ativa e PCR negativa.
Os doentes com doença de Crohn (DC) são geralmente submetidos a múltiplos exames de imagem no decurso da doença. A maioria destes exames utiliza radiação ionizante (RI). A exposição a RI está associada a um risco aumentado de desenvolvimento de tumores.
Uma das principais limitações na utilização dos agentes anti- fator de necrose tumoral (anti-TNF) no tratamento da doença de Crohn (DC) é a ocorrência de não resposta (primária ou secundária) numa percentagem significativa de doentes. O ustecinumab é um anticorpo monoclonal da subunidade p40 das interleucinas 12 e 23, aprovado para tratamento da psoríase em placas e artrite psoriática. Ensaios clínicos têm demonstrado a sua eficácia na indução e manutenção de remissão da DC moderada a grave. O objectivo deste estudo foi descrever a experiência inicial da terapêutica com ustecinumab nos doentes com DC refratária a anti-TNF.