A reactivação do citomegalovírus (CMV) é comum nos doentes com agudização de Colite ulcerosa (CU), havendo pouca evidência quanto ao seu papel como agressor primário. Pretende-se estudar as diferenças na sintomatologia, características endoscópicas e prognóstico entre os doentes internados com exacerbação de CU com e sem reactivação do CMV.
A gastrite infecciosa em indivíduos imunocomprometidos é um achado frequente, sendo a etiologia a citomegalovírus (CMV) mais rara. A endoscopia digestiva alta (EDA) é a abordagem mais sensível e especifica para o diagnóstico e monitorização destas lesões, muitas vezes enigmáticas.
Os agentes Anti-TNF surgiram na Doença Inflamatória Intestinal (DII) como alternativas terapêuticas eficazes em situações de outro modo refratárias à terapêutica médica. Contudo, o aumento da suscetibilidade às infeções, bacterianas, micobacterianas e fúngicas, tem sido associado a estes agentes. A relação com as infeções virais é, porém, menos conhecida. O citomegalovírus pode condicionar um enorme espetro de manifestações e acarretar elevada morbimortalidade quando (re)ativado. A DII, a corticoterapia e/ou terapêutica imunossupressora têm sido implicados neste risco. Mas o significado clínico desta infeção no curso da doença permanece ainda desconhecido e os dados relativos à associação com os Anti-TNF são ainda mais escassos.