A utrassonografia intestinal (US) é um método barato e não invasivo que permite avaliar a inflamação transmural na DC. Objetivo: avaliar a variação do espessamento da parede intestinal (EPI) ao longo de 1 ano de terapêutica com infliximab (IFX) e correlacioná-lo com parâmetros clínicos, laboratoriais e endoscópicos.
O número de mortes pela COVID-19 é conhecido e atualizado regularmente. Contudo, desconhece se o impacto desta pandemia nos pacientes não-COVID, que evitaram procurar apoio clínico ou adiaram tratamentos por medo, assim como as consequências da reorganização dos serviços de saúde. A colangite aguda é uma situação particularmente preocupante, podendo causar rápida deterioração clínica. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da pandemia por SARS-CoV-2 na evolução e prognóstico da colangite aguda.
Medranda et al criaram um novo sistema de classificação macroscópico, mais detalhado e objetivo, baseado em aspetos morfológicos e padrão vascular das lesões, com vista à uniformização do diagnóstico diferencial de lesões biliares (benignas/malignas) detetadas por colangioscopia per oral (POC). Objetivo: Avaliar a acuidade do score no diagnóstico de lesões biliares.
Os quistos do pâncreas (QP) têm diferente potencial de malignidade e opções terapêuticas díspares. As guidelines de Papanicolaou (GP) incluem dados citológicos, imagiológicos e bioquímicos do líquido quístico para classificação em 6 categorias, com estratificação de risco. O CEA >192ng/mL é o marcador standard dos quistos mucinosos e é utilizado nas GP. Estudos recentes demonstram que aglicose tem maior precisão diagnóstica que o CEA.
A melhor abordagem para a drenagem biliar da obstrução maligna em casos de CPRE falha da é um tema controverso, sendo a via percutânea por PTC a abordagem mais comum. Recentemente, a drenagem biliar guiada por ecoendoscopia, com colocação de próteses entre as vias biliares intrahepáticas e o estômago (hepatogastrostomias) ou entre o coledoco e o duodeno (coledocoduodenostomia), tem-se apresentado como uma alternativa viável.
A fistulotomia com faca (NKF) é a técnica preferida de pré-corte. Originalmente usada tardiamente no algoritmo de canulação, tem sido cada vez mais utilizada de forma precoce. Recentemente foi descrito o seu uso como método primário de canulação. É desconhecido o impacto destas diferentes estratégias nos resultados da NKF, pelo que analisámos uma grande coorte de pacientes ao longo do tempo.
A utilização de aspiração durante a punção com agulha fina (FNA) está associada a maior celularidade da amostra. No entanto também aumenta a contaminação hemática, que poderá diminuir a acuidade diagnóstica. A utilidade da aspiração na punção de lesões sólidas do pâncreas (LSP) utilizando agulhas de histologia de nova geração (FNB) ainda não foi esclarecida.
Homem de 53 anos, com pancreatite crónica alcoólica, desenvolve dor epigástrica súbita e síncope. A tomografia computorizada abdominal (TAC) revelou pseudoquisto com 15x12cm do corpo e cauda do pâncreas, com evidência de hemorragia intraquística recente. Analiticamente apresentou descida de 4g/dL de hemoglobina em 12h. O doente foi admitido na unidade de cuidados intensivos, onde se manteve hemodinamicamente estável, sem recorrência de hemorragia intraquística, no entanto com dor abdominal recorrente, de predomínio pós-prandial. Sem alterações na endoscopia digestiva alta, à exceção de abaulamento da parede anterior do estômago. A colangioressonância magnética excluiu síndrome do ducto desconectado, enquanto a angio-TAC excluiu pseudoaneurisma, hemorragia ativa ou recorrência hemorrágica.
Angiomiolipomas (AML) são lesões geralmente encontradas no rim e fígado. No entanto, podem surgir, raramente, noutras localizações. O angiomiolipoma pancreático é raro e apenas alguns casos estão relatados na literatura. Uma vez que existem poucos relatos de casos de AML pancreático, não está estabelecido nenhum protocolo definitivo para a abordagem destas lesões. Apresentamos um caso de AML pancreático e o seu aspeto em tomografia computadorizada (TC) abdominal e ultrassonografia endoscópica (EUS), bem como a nossa abordagem.
A endoscopia digestiva alta (EDA) pelo orifício de gastrostomia é um exame raramente realizado. Representa um desafio, na medida em que a observação e o manejo do endoscópio são realizados numa perspetiva diferente da habitual. Contudo, a acuidade diagnóstica deste procedimento é semelhante à de uma EDA convencional, pelo que pode constituir uma alternativa em doentes com gastrostomia percutânea e obstrução esofágica total.