Apesar dos grandes avanços no manejo da doença hepática crónica, a descompensação de cirrose ainda se associa a elevada morbimortalidade. Os scores de prognóstico “tradicionais” reflectem o grau de falência hepática mas não têm em conta eventos sobrepostos à falência hepática. Nesse sentido, têm sido investigados novos biomarcadores que poderão fornecer informação prognóstica adicional.
O objetivo do estudo foi avaliar os níveis de vitamina D numa população de doentes com DII e sua relação com alterações clínicas e analíticas.
A deficiência de vitamina D (DVD) é comum em doentes com Doença Inflamatória Intestinal (DII). Contudo, dados relativos aos seus fatores preditores e relação com atividade da doença são conflituosos. São objetivos deste estudo determinar a prevalência da DVD e seus fatores preditivos e avaliar possível relação com a atividade da doença.
Os níveis de vitamina D variam com a exposição solar, necessária à sua produção endógena. Na hepatite C, a hipovitaminose D é frequente e pode dever-se a efeitos virais na 25-hidroxilação.
Nos últimos anos, tem sido renovado o interesse na vitamina D [25(OH)D] como marcador de risco no cancro colo-rectal (CCR). A literatura recente tem sugerido que os níveis séricos de 25(OH)D se correlacionam inversamente com o risco de adenomas e directamente com a sobrevida de doentes com neoplasia avançada. Propusemo-nos avaliar a associação do nível sérico de 25(OH)D com a incidência de adenomas e cancro colorectal numa população homogénea de mulheres portuguesas seguidas em consulta de ginecologia.
A vitamina D é uma hormona com efeitos pleotrópicos que desempenha um papel central na homeostasia no cálcio. Há evidência crescente de que esteja também envolvida na diferenciação/proliferação celular e que tenha propriedades imunomoduladoras, anti-inflamatórias e anti-fibróticas. Dados recentes sugerem que níveis diminuídos de vitamina D na doença hepática crónica avançada estão relacionados com maior probabilidade de descompensação hepática e mortalidade.