Portugal representou um caso único no acesso aos antivirais de ação direta (DAAs), com a comparticipação de terapêutica com sofosbuvir e sofosbuvir/ledipasvir para todos os doentes com hepatite C crónica. Contudo, até este ano, não existia terapêutica oral totalmente comparticipada para o génotipo 3, levando à utilização de esquemas alternativos sub-óptimos. Os autores propõem-se a rever os esquemas de tratamento com DAAs dos doentes com genótipo 3 e avaliar a sua eficácia, através da resposta viral sustentada (RVS).
O tempo de terapêutica preconizado com Sofosbuvir e ledipasvir no genótipo 1 na cirrose hepática, sem fatores ditos de mau prognóstico, é de 24 semanas sem ribavirina ou 12 semanas com ribavirina.
Têm sido observadas elevadas taxas de resposta virológica sustentada nos doentes com infecção pelo virus da hepatite C (VHC) tratados com antivíricos de ação direta. O objetivo foi avaliar a eficácia e segurança de um regime de tratamento baseado no sofosbuvir (SOF) em doentes com infeção VHC.
Nos doentes com coinfeção VHB/VHC, a replicação do VHB é suprimida pelo VHC. A erradicação do VHC após terapêutica pode cursar com reativação do VHB. São necessários estudos para o risco de reativação e o custo-efetividade de eventuais estratégias preventivas.