A prevalência de coledocolitíase em doentes com pancreatite aguda litiásica é estimada entre 18 a 33%. Atualmente não existem algoritmos validados para o diagnóstico de coledocolitíase neste grupo de doentes. Objetivo: avaliar a performance do score de probabilidade de coledocolitíase proposto pela American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE), em doentes com pancreatite aguda.
Com o aumento da esperança média de vida a proporção de idosos com coledocolitíase vai aumentar e com isso a necessidade de colangiopancreatografia endoscópica (CPRE). As recomendações atuais sugerem colecistectomia em todos os doentes com coledocolitíase, no entanto, a adesão a estas recomendações em doentes idosos é baixa. O objetivo deste trabalho é aferir o benefício da colecistectomia após CPRE por coledocolitíase nos doentes com mais de 75 anos.
As estenoses biliares são uma das complicações mais comuns após transplante hepático, ocorrendo em cerca de 40% dos doentes. A abordagem ideal destas estenoses continua por definir. A colangioscopia directa peroral permite a avaliação e tratamento das patologias biliares, proporcionando uma imagem endoscópica da árvore biliar e das estenoses de alta qualidade. Dado ser usado um endoscópio convencional, o canal de trabalho permite diferentes procedimentos terapêuticos, desde biópsias com pinças maiores, para diferenciação de estenoses malignas, litotrícia intraductal e avaliação de litíase residual após litotrícia mecânica.
A ecoendoscopia e a CPRE apresentam uma boa acuidade diagnóstica na detecção de coledocolitíase. O objetivo deste trabalho foi a análise descritiva e comparativa dos achados da CPRE e ecoendoscopia numa amostra de doentes com coledocolitiase diagnosticada por ecoendoscopia.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é o exame gold-standard para o diagnóstico e tratamento da coledocolitíase. Contudo, nos doentes com probabilidade intermédia (10-50%) para a presença de cálculos na via biliar principal (VBP), a primeira abordagem deverá ser menos invasiva, com o recurso à ecoendoscopia (EUS) ou à colangiopancreatografia por ressonância magnética. Neste trabalho os autores pretenderam avaliar o impacto da EUS na seleção dos doentes para CPRE.
A abordagem dos doentes com suspeita de coledocolitíase, de acordo com as recomendações da Sociedade Americana de Endoscopia Digestiva (ASGE), depende da probabilidade de existirem cálculos na via biliar, baseada em critérios clínicos, estando indicada a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) nos doentes com probabilidade elevada.
Pretende-se avaliar o benefício da ecoendoscopia na suspeita de coledocolitíase, e o impacto da sua realização previamente à CPRE, não só nos doentes com probabilidade intermédia, mas também naqueles com probabilidade elevada.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é geralmente o procedimento de eleição no tratamento da coledocolítiase. A pancreatite aguda é a complicação mais frequente relacionada com este procedimento.
A ecografia abdominal é um procedimento de imagem com baixa sensibilidade para detectar coledocolitíase. Contudo, tem maior acuidade para identificar dilatação da via biliar principal (VBP) e, neste caso, acrescenta alguma sensibilidade ao diagnóstico de coledocolitíase. A ecoendoscopia (EE), pela sua capacidade de alta resolução, tem contribuído para esclarecer esta potencial relação entre a dilatação da VBP e a presença de litíase endoluminal, independentemente das dimensões do colédoco e dos cálculos.
Não existem métodos validados para fazer o diagnóstico de coledocolitíase em doentes com colecistite aguda. A aplicabilidade do score de coledocolitíase recomendado pela American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE) em doentes com colecistite aguda é controversa.